quinta-feira, 10 de abril de 2014

Mesmo que por uma fração de segundo, era revolta!

Eu entendo a revolta.
Os meus jeans também se rasgam de impaciência.
Cortam a minha frente desrespeitosamente.
A minha buzina de insatisfação não chega a cortar.
Desafiam os fatos com pretensiosas opiniões.
Algumas opiniões são conhecidas como insultos.
Preenchem espaço precioso com preconceito.
Revolta só é válida quando o soco no muro é verdadeiro.
Não diga que me entende.
Uma pessoa é uma outra coisa.
Entenda a revolta.
A minha dor é o melhor exemplo do meu egoísmo.
As suas lágrimas não vêm do mesmo lugar que as minhas.
Sinta a sua própria dor, por favor.
Não diga que precisa de mim.
Admita que precisa do que sente por mim.
Fácil fantasiar sobre o amor quando não se ama.
Fácil fantasiar sobre o abandono quando se ama.
Difícil abandonar o amor quando o outro voltou a ser um indivíduo.
Somos indivíduos.
Ninguém merece a minha vida.
Quanto mais perto mais difícil.
A revolta intercala os momentos de felicidade.

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