segunda-feira, 30 de abril de 2012

Contabilidade e o crime

10.000 dias numa cela
5.000 "eu sou inocentes"
1.000 banhos de sol sem sol
500 domingos de visitas
100 pessoas magoadas
24 horas pra passar todos os dias
1 crime
Boa troca?

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Ainda resta um olho


Linda

Com todos os tipos de curva que existem, ela se estende no sol dos trópicos - essa é a imagem que fica da sua beleza.Todos que pensam nela, pensam em praia, imaginam seus biquínis, porque ela é a cara da natureza à beira mar.Mas ela não é só isso.No seu interior,  ela tem mais o que mostrar.Mais encantos, mais segredos a serem descobertos, meandros e fontes onde matar a sede de explorador.
Ela tem gostos variados em suas diferentes partes que satisfazem a todos.Ela jorra em sabores se o explorador souber extrair o seu sumo.Na boca, acidez, doçura e ervas num beijo mestiço.No espinhaço, sempre deitado próximo à praia, caminhos que levam aos paraísos de suas curvas.Ao pé do ouvido, uma infinidade de melodias e ritmos cantados pra encantar quem tem o privilégio de a visitar.No colo, - onde muitos homens já passaram, é verdade, mas poucos se firmaram - um toque tanto selvagem quanto amistoso.E suas águas - suor, lágrimas, gozo da interação com outros - refletem a sua linda história que alguns homens já quiseram sujar, por não a respeitarem, por ambição, por inveja.
Mas ela segue encantando, convidando a todos a passear pelos seus contornos, a experimentar os seus sabores, a se doar a quem quiser apreciar a sua beleza e desfrutá-la,  pois é generosa como todos os brasileiros.Essa é a terra chamada Brasil.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Asas?


Manipulados

Não quero beijar os seus lábios quentes de palavrões.
Prefiro lábios frios de silêncio.
Não quero as suas unhas vermelhas do meu sangue.
Prefiro esmalte incolor.


Indolor é não se relacionar,
amar só os livros
e ser apenas um escritor
da ficção que a sua vida não é,
da preferência que cada um tem,
da escolha que o destino faz,
e faz parecer que somos nós que escolhemos.


Porque nós começa comigo
achando que te escolhi.
Feliz fantoche por seis dias,
manipulado no sétimo.


Qualquer amor ou ódio maior que eu
ainda é subordinado do destino.
E nós aqui,
culpando lábios e unhas!

terça-feira, 24 de abril de 2012

Em nome das baleias


Pobres de espírito

With third world talent, a 3D Baudelaire can be turned into 2D.


Ela não quer comprar onde velhas arrastam criança
Nem se preocupa com os melhores preços
Nem quer que a lembrem de onde nasceu
Ela quer o empório com vinte queijos importados 


Ele que não gosta de certo classe de pessoas
Nem se preocupa com a distância do mercado
Nem quer saber de gente barganhando preços
Ele quer o atendente com o mesmo sotaque que o seu


Eles são aquelas pessoas que se acotovelam pra entrar no Louvre
Que pasmam diante de Veneza, cartão postal com odores de canal
Que transpiram no sol londrino pra ver a troca da guarda
Porque a pobreza de espírito se distrai com a arquitetura nobre da Europa 

sábado, 21 de abril de 2012

A intenção

Se a água é cristalina não importa
Se a palavra foi usada de forma torta


Rancor!


Algumas palavras trazem algo que pesa
Mesmo se a intonação foi dada com leveza


Cão!


Não há correção na intenção já mostrada
Não há palavra que signifique um nada


Sífilis!


Pode-se entregar uma flor com todo ódio
Pode-se amar alguém até morrer de tédio


Piada!


O que se diz não diz nada, e sim como
No dicionário, palavras, paradas, um domo 

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Escrever liberta

Mesmo tendo um trabalho que lhe dava flexibilidade nos horários, ela sentia que faltava alguma coisa.Ela era escritora de livros infantis, o que naturalmente, sugere coisas alegres e coloridas.Mas ultimamente ela não se sentia assim.O sentimento constante era de coisas obscuras e depressivas.Ela não sabia o que era mas sabia que precisava mudar.Talvez mudar de país.Ela já havia viajado para paraísos tropicais e isso sempre lhe fazia bem.Porém, era sempre algo temporário, já que a experiência como turista a limitava de entrar totalmente na cultura local e viver como parte integrante do lugar.
Ela precisava fazer algo pra ver uma luz no fim do túnel.O seu trabalho era de criatividade e ela não poderia perder isso.
Sendo assim, ela resolveu criar um blog só para desabafar, sem muita pretensão.Colocava ali tudo o que ela detestava nos seus dias escuros, e deixava as idéias felizes e ensolaradas para os seus livros.
Mas logo, começou a receber comentários interessantes de pessoas que entravam no seu blog.E descobriu que havia gente que realmente admirava o seu trabalho de escritora.Gente que vivia muito distante, em outros países, mas que entendia o que ela sentia.Gente que também tinha a necessidade de escrever.E descobriu que havia vida a ser vivida através da sua arte, muito além dos sete meses de escuridão que ela passava todos os anos vivendo na Finlândia.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Como embebedar um gaitista:

1- Coloque a gaita numa taça de vinho;

2- A gaita absorve todo o vinho;

3- O gaitista toca a gaita;

4- O álcool sobe à cabeça.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Um precipício

Havia o músico solitário que morava nas ruas,
marginalizado pelos caminhos onde foi empurrado
Havia o solidário que achava que sabia o que era felicidade,
enquanto buscava a sua tentando ajudar o solitário


Havia um precipício entre eles
Quando se vive muito intensamente alguma coisa,
pode acontecer de se acreditar que é só aquilo que existe
Um gritava de um lado, e o outro gritava do outro,
mas cada um só ouvia o eco do original


O solitário acreditava que as pombas batiam palmas pra ele ao voar
O solidário só acreditava nas palmas humanas
O solitário era feliz só sabendo que a música existe
O solidário queria ajudar o músico solitário a vender a sua música


Espelhos existem,
mas às vezes existe um precipício entre eles

Besouro rinoceronte

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Crianças lisérgicas

Hoje, observando algumas crianças que quando estão parando de chorar começam a se distrair, me lembro de como acontecia comigo.Com os olhos ainda cheios d'água, eu começava a olhar para alguma luz.Apertando e abrindo os olhos, os raios de luz passando pelas lágrimas se transformavam em prismas.Era muito psicodélico, mas eu não sabia.
A criança sempre tem muita imaginação e cria com o que tem em mãos.Ela pode acreditar que um cano é um foguete e pronto.Ou pode criar um amigo imaginário (nesse caso ela não tem nada mesmo em mãos!).Mas, aí a gente vai crescendo e parece que vai ficando proibido de ter esse tipo de imaginação, proibido de libertar a nossa criança interior.Então, tem gente que começa a usar drogas pra encontrar algo, ou se soltar, e acaba reencontrando essa criatividade.Só que de uma maneira artificial, de fora pra dentro.Engraçado é que a pureza da imaginação infantil fica "proibida" pro adulto não passar por ridículo.Mas, daí ele parte pra uma droga que realmente é proibida!
Um amigo meu, por exemplo, ao tomar um ácido jurava que uma árvore queria abraçá-lo.Isso não lembra uma cena de um filme de Walt Disney pra crianças?
A verdade é que poderíamos manter essa criatividade infantil sem usar nenhuma droga.Afinal, quando éramos crianças, não usávamos "doce de adulto", mas mesmo assim nos divertíamos sendo criativos.Está tudo lá na nossa infância; está tudo dentro de nós.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Ela piscou uma estrela!

Olhos e ouvidos

Duas mãos masculinas sempre querem pele
A pele feminina quer elogio da boca masculina
A boca masculina fala de ancas femininas
As ancas femininas guiam os olhares masculinos
Os olhares masculinos vêem decotes em tudo
Os decotes querem mostrar seios cheios de leite
Leite para alimentar filhos de homens
Homens que à primeira vista estão cegos
Mas só assim enxergam mulheres
Que são cheias de pele, ancas e seios
Que alimentam aqueles olhares de homens
Que só sabem ver e não escutam
As mulheres que tanto falam
Mas que na verdade querem ouvir
Dos homens cheios de mãos e olhos
Porém sem ouvidos e bocas para fazer elogios

terça-feira, 10 de abril de 2012

E ainda reclamamos se não há sinal de celular!

Hoje em dia, levamos alguns instantes pra perceber que  a pessoa não está falando sozinha, e sim, no fone de ouvido do celular ou no Bluetooth do carro.
Antigamente, todo mundo ia até a locadora pra alugar um filme.Agora, você pode fazer isso pelo controle remoto da TV.
Imagem aérea, antigamente, só se você estivesse num helicóptero ou num balão.Mas nos dias de hoje, basta entrar no Google Earth.
No passado, quando assistia um filme na TV você esperava os comerciais pra poder ir ao banheiro.Hoje já é possível dar pausa na programação.
Hoje em dia, pequenas notícias viram "grandes notícias" ao ampliarmos a tela do Iphone usando o polegar e o indicador.
Antigamente, você tirava um rolo de fotos e depois tinha que esperar até a revelação ficar pronta, e nunca sabia se elas ficariam boas.Hoje em dia, todo mundo faz fotos digitais e apaga na hora as que ficaram ruins.
No passado, você carregava o seu "walkman enorme" com uma de suas muitas fitas cassetes.Hoje, você carrega toda a sua coleção de cds num pendrive ou ouve tudo num "minúsculo tocador" de mp3.
Você imaginava tudo isso há 20 anos atrás?

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Que pena!

Iguais

A partir do momento em que estamos aqui tendo uma conversa apoiados em duas patas, nós somos iguais.
Se você não gosta da minha cor ou não concorda com a minha opinião, não importa; se estamos em duas patas tendo esta discussão, somos iguais.
Se mesmo em cima de uma cadeira de rodas, eu tiver que provar que meu cérebro vale mais, essa conversa não vale tanto.Ainda que eu não fique sobre duas patas, nós somos iguais.
Se eu não for tão heterossexual quanto você, e minhas patas me levarem por diferentes caminhos, nós somos iguais.
Se o meu gosto não for como o seu (já que eu acho que o seu é diferente do meu!), então somos iguais.
O direito de ser é simplesmente o direito de sermos diferentes, coisa que nos torna iguais.

sábado, 7 de abril de 2012

O sonâmbulo

Ele sofria de um sonambulismo profundo que acontecia quase todas as noites.Ele levantava, perambulava pela casa, abria portas, a geladeira, usava o banheiro.Vez ou outra ele saía de casa, mas nunca passava do jardim.
Geralmente alguma coisa o despertava e ele voltava pra cama.Às vezes, ele derrubava algum objeto ou esbarrava em algo e isso fazia com que ele acordasse, e então, ele retornava pra cama.Se sentia cansado, às vezes, ou desapontado porque não tinha controle sobre aquilo.Além disso, ele morava sozinho, e qualquer dia, ele poderia se machucar ou sair de casa e ser atropelado.Principalmente porque, nos últimos tempos, ele andava saindo cada vez mais.
Havia uma loja de conveniência no posto de gasolina que ficava na esquina da sua casa onde ele costumava tomar café antes de ir para o trabalho.Uma vez o funcionário da loja o viu chegando até a porta, e tendo dificuldade pra entrar foi ajudá-lo.Mas ele estava só de bermuda, camiseta e descalço.O atendente percebeu que algo estava errado, e ao falar com ele, o rapaz o acordou, e sem entender direito onde estava, ele levou alguns instantes até poder explicar que era sonâmbulo.
Mas ao voltar pra casa, ele começou a imaginar que sabia o que tinha ido fazer na loja de conveniência.Ele provavelmente tinha ido até lá tomar um café para ver se acordava.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Sempre um risco

O que é lâmina pra mim
pode ser cabo pra você.
Mas mesmo assim, é faca.
E ao dar cabo de uma vida,
é a lâmina que fica enfiada.
Você decide o que é cabo,
e eu decido o que é lâmina.
Mas mesmo assim, na mão,
você decide o tamanho,
e eu decido a profundidade do risco.
Porque há sempre um risco.



quarta-feira, 4 de abril de 2012

Tucano-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus)

Vermelho Velho no La Bodega Mexicana

Show do Vermelho Velho!
Rua José Félix de Oliveira,1133-Granja Viana-Cotia
Dia 07 de Abril às 22 horas
Blues, Rock & Afins! 

Maquiagem

Que máscara é essa além de todas as outras que temos?
Se arriscar no trânsito armada de lápis e rímel em prejuízo de furar um olho!
E as buzinas que alertam "Já estais bela demais!" ou qualquer outro insulto.
Também existem aquelas que pecam pelo excesso...
São imbatíveis aquelas chilenas sob a máscara que as protege do frio.
Porém, pecado mesmo é se vestir como atleta despojada e ter a cara estadunidense toda maquiada!
Elas o fazem como se embaixo do moletom trouxessem uma roupa de gala!
E na praia a vaidade brasileira pensa já ter inventado batom à prova de mar...
O corpo malhado, o cabelo escovado e o rosto traçado dizendo "Aqui nada borra!".
E elas não o fazem para se esconder, e sim para aparecer em uma aquarela de cores que elas não desconfiam, mas que já têm lugar cativo.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Espera artesanal

Sbrah

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Eu adoro quando eu encontro o meu carro estacionado onde eu deixei;
eu adoro quando "no final" a camisinha ainda está inteira;
eu adoro quando eu acho dinheiro esquecido no bolso;
eu adoro quando descubro que a última garrafa de vinho é na verdade a penúltima;
eu adoro quando a pessoa que me chama de "querido" me conhece;
eu adoro quando ela vai pra cama só de salto alto;
eu adoro quando eu estou pensando o mesmo que a outra pessoa;
eu adoro quando concordar não requer ter que ser persuadido.  

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Fotos de Ilhabela

Praia de Pacuíba: linda e sem badalação.

Luminária de rua iluminada pela luz da lua.

Moradores de Ilhabela contra a construção do porto em São Sebastião.

Textura da areia: pra quem gosta de praia!

Antiga prisão em Ilhabela: eu queria ficar preso nesse palacete!