segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Construindo a parede

A parede será linda,
se não ficar no caminho.
Feito a roseira de flor em flor,
ou a roseira de espinho em espinho,
cada tijolo um estorvo,
ou será um belo destino?
Abrigo da chuva e do vento,
ou barreira de saibro em pó fino?

Visão do mundo pela janela,
ou já dela me sinto cativo?
Sentidos pouco aguçados,
à vontade, já sentindo tudo de ouvido.
A cabeça é dura como a parede;
um terreno já conhecido.
A barreira é tão dentro quanto fora;
a parede cresce em volta do umbigo. 

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