quinta-feira, 25 de julho de 2013

Por entre as frestas

Encontrei uma pena no chão de casa.
Não a joguei fora.
Não é lixo.
É apenas natural.

Penso em meias memórias.
Em coisas que poderiam ter sido inteiras.
Não são lixo.
Elas vêm de forma natural.

Penso em coisas que são criticadas.
Coisas que todos pensam.
Não são lixo.
Elas são nossa parte visceral.

Uma pena não luta para se fixar.
Apenas flutua como um pensamento.
Pensamento não é saudável quando fixo.
É gasosamente natural.

É uma pena quando eu só penso.
Como uma pipa torta, um pensamento penso.
Com uma mão tento consertar.
Outra mão cheia de moral para me bloquear.



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