terça-feira, 8 de julho de 2014

O outro

Você não entende o que resolver
Você não entende nem o revólver
A minha solução não é a sua
A sua é a contramão da rua

Porque eu sinto diferentemente

A borracha que o traço apaga
Se profundo, o vinco é uma chaga
Tudo é escrever pra quem escreve
E errado como amar sem o erre

Poetizar é vandalismo inocente


Você não entende o que me falta
E nem mesmo pode me dar alta
Resposta não há, mas procuro
Vaze minha comichão pelo furo
Porque eu sou o outro
Porque eu sou imundo
Porque eu sou errado
E ainda bem, não sou tudo
Mas sou você, se você for o mundo



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