já bebi mais do que deveria
já transformei minha saliva em veneno
já ignorei recomendações médicas
já cortei o meu próprio cabelo
já sei xingar no trânsito
já fingi orgasmo
já dei de comer ao meu ódio
já perdi a paciência com uma criança
já pareço maduro como um adulto
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Pessoa pública
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Sedução marginal
Marginal porque come pelas beiradas;
porque não se entrega para se proteger;
porque ama a noite pelas intenções da noite;
porque seus presentes são surpresas.
Marginal por se masturbar sem culpa;
por se amar incondicionalmente;
por roubar olhadelas dos espelhos;
por ser sedutor quando deseja.
Onde as leis não se aplicam,
prazeres e punições se confundem.
Contra a física, o coração tão central,
ainda assim, é vítima de um marginal.
Marginal por vandalizar um coração
que pode despedaçar outro coração
naquele famoso infinito rito da paixão,
onde o ladrão tem cem anos de perdão.
porque não se entrega para se proteger;
porque ama a noite pelas intenções da noite;
porque seus presentes são surpresas.
Marginal por se masturbar sem culpa;
por se amar incondicionalmente;
por roubar olhadelas dos espelhos;
por ser sedutor quando deseja.
Onde as leis não se aplicam,
prazeres e punições se confundem.
Contra a física, o coração tão central,
ainda assim, é vítima de um marginal.
Marginal por vandalizar um coração
que pode despedaçar outro coração
naquele famoso infinito rito da paixão,
onde o ladrão tem cem anos de perdão.
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
terça-feira, 16 de setembro de 2014
Abstrair é o ato de trair o corpo
Cruzes e coroas de flores mortas,
além do peso da terra, pesam.
Fazem da morte um cemitério
onde tudo é gravemente gravitacional.
Pesado, para baixo.
A alma de tão leve que é,
se desapega sem deixar pegadas.
Deixa apenas a vontade material
de tocar na matéria mais uma vez.
Humano, sem abstrair.
É difícil olhar para a luz
e não ver o bulbo.
Somos a luz sempre;
o bulbo, porém, se quebra primeiro.
além do peso da terra, pesam.
Fazem da morte um cemitério
onde tudo é gravemente gravitacional.
Pesado, para baixo.
A alma de tão leve que é,
se desapega sem deixar pegadas.
Deixa apenas a vontade material
de tocar na matéria mais uma vez.
Humano, sem abstrair.
É difícil olhar para a luz
e não ver o bulbo.
Somos a luz sempre;
o bulbo, porém, se quebra primeiro.
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Do hedonista
Forjada a partir de nada,
minha estátua não terá valor:
comi e bebi;
soprei o meu tempo;
não dei meu sangue por nada,
nem doei;
meus calos são fruto do eterno vagar
atrás do prazer de admirar o belo,
de ouvir o agradável,
de sentir o gozo,
de usar as mãos apenas para aplaudir.
minha estátua não terá valor:
comi e bebi;
soprei o meu tempo;
não dei meu sangue por nada,
nem doei;
meus calos são fruto do eterno vagar
atrás do prazer de admirar o belo,
de ouvir o agradável,
de sentir o gozo,
de usar as mãos apenas para aplaudir.
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
terça-feira, 2 de setembro de 2014
Passar por isso
Viro sonho murcho,
quando um bruxo
se apossa do meu pensamento.
Um pesadelo de sonho,
me sinto medonho
como uma mula sem cabeça.
Penso no problema,
mas eis o dilema,
a solução somente o é no fim.
Dura mais tempo,
sempre o tormento,
a tortura vira dona do relógio.
A solução que vem,
tão rápido trem,
parecia mais lenta a agonia.
Teste de ansiedade,
testa de rugosidade,
porque somos testados assim?
quando um bruxo
se apossa do meu pensamento.
Um pesadelo de sonho,
me sinto medonho
como uma mula sem cabeça.
Penso no problema,
mas eis o dilema,
a solução somente o é no fim.
Dura mais tempo,
sempre o tormento,
a tortura vira dona do relógio.
A solução que vem,
tão rápido trem,
parecia mais lenta a agonia.
Teste de ansiedade,
testa de rugosidade,
porque somos testados assim?
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
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