Enquanto o cavalo corria, o vento deslizava pelo seu corpo, sua crina.E ele ia até a árvore no alto do morro e voltava.
Parecia um circuito de corrida.E ele não desistia.Mesmo resfolegando o tempo todo, ele não parava.
O suor escorria e ele continuava morro acima, morro abaixo.
Não parava um só momento pra pastar ou pra procurar água.
Poderia chamar a atenção de alguém com esse comportamento, mas não havia ninguém naquele cenário.Nem mesmo outro cavalo.
Seu pêlo era castanho bem escuro, a grama era verde clara, e acima da árvore frondosa que ficava no topo do morro, o céu era azul e sem nuvens.
Tantas cores contrastantes e ninguém pra perceber.
Talvez por isso ele corresse tanto.
Pra chamar a atenção de alguém.
Pra mostrar a sua beleza simples.
Mas naquela galeria com tantos outros quadros rebuscados, ele era só um cavalo cercado pela moldura do seu quadro.
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