Marginal porque come pelas beiradas;
porque não se entrega para se proteger;
porque ama a noite pelas intenções da noite;
porque seus presentes são surpresas.
Marginal por se masturbar sem culpa;
por se amar incondicionalmente;
por roubar olhadelas dos espelhos;
por ser sedutor quando deseja.
Onde as leis não se aplicam,
prazeres e punições se confundem.
Contra a física, o coração tão central,
ainda assim, é vítima de um marginal.
Marginal por vandalizar um coração
que pode despedaçar outro coração
naquele famoso infinito rito da paixão,
onde o ladrão tem cem anos de perdão.
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