Há tempos está marginalizada a cigarra!
Tão canora no verão,
tão vagabunda o tempo todo!
Aplaudimos as formigas,
porque ao fim do seu trabalho vemos um prédio!
Há tempos foi uma cigarra grega
a substituir uma corda quebrada de cítara...
Será trabalho só aquele que dói?
Não será também aquele que traz prazer?
Existem calos nas mãos do luthier...
Isso é tão físico quanto as cigarras-
operárias de um mundo com ritmo.
E, no final, a música volta ao cosmos;
com o valor mágico da volatilidade.
Aqui, permanecem pequenas as formigas.
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