Branco é o papel;
suja é a palavra.
Branca é a garça
de memória vazia.
Violência é insistir
em escrever
pra tentar prender
alguma coisa boa.
Fazer balé
é tirar o pé;
é tentar ser delicado.
Com que força
riscamos o papel
com a caneta
que jaz sem tinta!
Enquanto a garça
descreve levemente,
em qualquer espaço,
o seu traço invisível
que nos guia os olhos.
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