Cansado de ver as pessoas a pé
Exausto de ver as pessoas nos carros
Os olhos cansados ainda vêem beleza
Mas os ouvidos já não ouvem acordes em si
O poeta endurece ao amolecer a dura realidade
As luzes são artificiais demais
As esquinas são de concreto demais
Não desviamos no nosso duro caminho jamais
Refinamos o açúcar mas não fazemos mel
Nos levantamos para competir
Nos deitamos para brigar pelo sono
Onde as sirenes são altas
Os elogios são sussurros
Os para choques são duros
São acidentes inexistentes antes da invenção da roda
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