As pálpebras pesam,
as pernas pesam,
e com o passar do tempo,
mais degraus são construídos.
Os cabelos caem,
a pele se pendura,
e o que se renova
são os lançamentos cosméticos.
A dureza já não está no músculo;
a dureza está no respirar.
A vagareza, dita paciência,
é a licença poética pra quem já não corre.
As histórias são repetidas à exaustão,
num esforço pra sentir de novo o que foi bom.
Agora, entre uma prosa e outra,
é esperar até que o assunto me embale
no único sono que jamais dormi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário