Este sorriso dói neste corpo
sem saber o que esperar do outro.
Sorriso só existe se existe intenção.
Acredito em atores;
eles me fazem acreditar.
Acredito no que eles sentem,
mas acredito mais na mudança de humor.
Atitude vem na onda da emoção.
Até que a maré mude.
Sorriso nervoso, sorriso não-sei-o-que-dizer...
Sorriso não dura pra sempre;
entre um sorriso e outro,
outras máscaras.
Sorriso congelado dá câimbra temporária,
mas a memória do ato dói pra sempre.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
As coisas boas
o segundo beijo para confirmar que o primeiro foi bom
a música que causa espasmos involuntários
a musa que faz a surpresa de se materializar
a fruta sem aspartame apanhada no pé
o amigo que sabe quando segurar a sua mão
o segredo dentro da garrafa de cachaça
o choque wi-fi quando os olhares se cruzam
água de cachoeira sem encanamento
acampamento sem mosquito
viagem sem relógio
angu sem caroço
festa sem ressaca
amar sem amarras
a música que causa espasmos involuntários
a musa que faz a surpresa de se materializar
a fruta sem aspartame apanhada no pé
o amigo que sabe quando segurar a sua mão
o segredo dentro da garrafa de cachaça
o choque wi-fi quando os olhares se cruzam
água de cachoeira sem encanamento
acampamento sem mosquito
viagem sem relógio
angu sem caroço
festa sem ressaca
amar sem amarras
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Make me bee
Your parted lips:
two petals.
What can I be?
"Be a single bee."
You say.
"Take the sting out of me."
I pray.
So, even if I die,
my sting will lie
between your petals.
two petals.
What can I be?
"Be a single bee."
You say.
"Take the sting out of me."
I pray.
So, even if I die,
my sting will lie
between your petals.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Vou meter
Vou meter o pé na porta;
vou meter umas flores no teu vaso;
vou meter uma dose de algo forte pra dentro;
vou meter confissões no teu ouvido;
e vou esperar que você faça amor comigo.
vou meter umas flores no teu vaso;
vou meter uma dose de algo forte pra dentro;
vou meter confissões no teu ouvido;
e vou esperar que você faça amor comigo.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
domingo, 17 de fevereiro de 2013
O antigo porteiro
Me encontrava no meio da distração,
quando aquele menino-segurança-cidadão me reencontrou.
Hoje, mais homem-segurança-cidadão no seu terno,
de fala grossa e respeito,
de olheira funda da responsabilidade.
Ainda me chamou de senhor, como de costume,
como que vindo da terra do professor-tal-qual-doutor.
Me contou das suas andanças;
quando morou na baixada,
onde homem-segurança-sério
não vai à praia todo dia;
me falou do filho de um ano e meio,
da volta à capital há dois anos,
dos sete que havia partido,
em dois minutos de prosa.
Esse é o homem-segurança-estudante de jeito simples,
mas que coleciona, agora, diplomas dourados
que não vão tirar o brilho de quando me chama de senhor-professor.
Simplesmente porque o homem-segurança-homem
já era homem antes de qualquer entrega de canudo.
quando aquele menino-segurança-cidadão me reencontrou.
Hoje, mais homem-segurança-cidadão no seu terno,
de fala grossa e respeito,
de olheira funda da responsabilidade.
Ainda me chamou de senhor, como de costume,
como que vindo da terra do professor-tal-qual-doutor.
Me contou das suas andanças;
quando morou na baixada,
onde homem-segurança-sério
não vai à praia todo dia;
me falou do filho de um ano e meio,
da volta à capital há dois anos,
dos sete que havia partido,
em dois minutos de prosa.
Esse é o homem-segurança-estudante de jeito simples,
mas que coleciona, agora, diplomas dourados
que não vão tirar o brilho de quando me chama de senhor-professor.
Simplesmente porque o homem-segurança-homem
já era homem antes de qualquer entrega de canudo.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
Teimosia humana
Esse eterno tentar explicar
que tira o sono de cientistas.
Esses dogmas que fazem os fiéis
gritarem mais alto para encobri-los.
Essa pena que roça o papel
e causa alguma sensação.
Essa frustração do poeta
que não consegue explicar o amor.
que tira o sono de cientistas.
Esses dogmas que fazem os fiéis
gritarem mais alto para encobri-los.
Essa pena que roça o papel
e causa alguma sensação.
Essa frustração do poeta
que não consegue explicar o amor.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
Preso
O cansaço é consciência.
O beijo é o estupro do abraço.
Os limites do corpo aparecem todos os dias.
Não querer levantar,
não querer se conectar,
não querer pensar.
O homem cria a consciência.
Resolver as coisas sem prejudicar ninguém.
Esse é o preço de ser um animal gregário.
Existe um envolvimento,
existe um dever sem dívida,
existe um pertencer.
O homem é condenado à uma cela que não é a solitária.
O beijo é o estupro do abraço.
Os limites do corpo aparecem todos os dias.
Não querer levantar,
não querer se conectar,
não querer pensar.
O homem cria a consciência.
Resolver as coisas sem prejudicar ninguém.
Esse é o preço de ser um animal gregário.
Existe um envolvimento,
existe um dever sem dívida,
existe um pertencer.
O homem é condenado à uma cela que não é a solitária.
domingo, 10 de fevereiro de 2013
sábado, 9 de fevereiro de 2013
A despedida de um velho
As pálpebras pesam,
as pernas pesam,
e com o passar do tempo,
mais degraus são construídos.
Os cabelos caem,
a pele se pendura,
e o que se renova
são os lançamentos cosméticos.
A dureza já não está no músculo;
a dureza está no respirar.
A vagareza, dita paciência,
é a licença poética pra quem já não corre.
As histórias são repetidas à exaustão,
num esforço pra sentir de novo o que foi bom.
Agora, entre uma prosa e outra,
é esperar até que o assunto me embale
no único sono que jamais dormi.
as pernas pesam,
e com o passar do tempo,
mais degraus são construídos.
Os cabelos caem,
a pele se pendura,
e o que se renova
são os lançamentos cosméticos.
A dureza já não está no músculo;
a dureza está no respirar.
A vagareza, dita paciência,
é a licença poética pra quem já não corre.
As histórias são repetidas à exaustão,
num esforço pra sentir de novo o que foi bom.
Agora, entre uma prosa e outra,
é esperar até que o assunto me embale
no único sono que jamais dormi.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Vida boa já!
Não quero a voz da falsidade concreta agora
A explicação numa frase de guitarra me basta
Não quero um veneno que me mate agora
Só o sumo da cana pra dar energia pra reagir
Nenhum poço em que eu possa cair à procura d'água
Apenas uma mina que me encontre ao jorrar do solo
Nenhum carro fazendo zigue-zague
Apenas velhinhas costurando
Nenhum amor cheio de contrariedade
Apenas um amor amando
Nenhum bom relógio de verdade
Apenas os bons tempos passando
A explicação numa frase de guitarra me basta
Não quero um veneno que me mate agora
Só o sumo da cana pra dar energia pra reagir
Nenhum poço em que eu possa cair à procura d'água
Apenas uma mina que me encontre ao jorrar do solo
Nenhum carro fazendo zigue-zague
Apenas velhinhas costurando
Nenhum amor cheio de contrariedade
Apenas um amor amando
Nenhum bom relógio de verdade
Apenas os bons tempos passando
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
domingo, 3 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
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