Mesmo com os dois pés plantados na terra,
eu não sou uma árvore.
Mas as minhas raízes me alimentam,
como as raízes de uma árvore.
Não gosto que subam em mim;
não sou tão generoso como uma árvore.
Me sinto incomodado se ficam à minha sombra,
se apoiando no meu tronco.
Gosto de ter o meu espaço definido;
não cresço facilmente por qualquer fresta.
Sou mais feliz à luz do sol,
mas me hidrato com líquidos prejudiciais às plantas.
Ás vezes o vento me enverga,
mas com o tempo fico mais rijo, difícil de quebrar.
O que produzo pode ser doce
ou pode ser veneno para alguns.
Minha casca externa pode mostrar minha idade,
mas enquanto houver seiva interna, haverá frescor.
Mesmo com os dois pés plantados na terra,
eu tento me movimentar para não me tornar apenas um móvel de madeira.
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