Ele estava dirigindo desde às seis da manhã, e agora já eram quatro da tarde.Havia começado cedo para que o dia rendesse e também porque gostava de dirigir logo na primeira luz da manhã.
O cansaço começava a bater, pois ele havia parado por meia hora somente para o almoço.Mas o pior começava agora.Muitas pessoas a pé estavam na avenida, algumas sentadas, outras andando de um lado pro outro, todas falando ao mesmo tempo.Elas tinham cartazes de protesto contra a construção de uma nova hidrelétrica.O trânsito havia sido paralisado e alguns policiais tentavam conter o avanço da turba montados a cavalo.Ele estava a cerca de cinquenta metros do tumulto, bem na frente do prédio onde a construtora tinha o seu escritório.Ele assistia toda a movimentação pelo seu pequeno monitor.
Por enquanto, ninguém estava gritando ou tentando furar o bloqueio.Parecia que tanto os revoltosos quanto os policiais aguardavam uma primeira ordem do outro lado.Foi, então, que veio a confirmação de que a última câmera estava no ponto.Ele então gritou "Ação!" e os manifestantes começaram a caminhar e gritar em direção ao prédio.
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