quando doença pega nas criação
é uma dor que chega vará o coração
não é só dor do sustento que vai
é também o lamento que cai
cos urubu rodiando no céu
mirando o armoço com gosto de fel
amargo pra nóis que perdeu
labutando todo dia e num venceu
num tem zóio de dono que engorda
doença é que nem nó cego de corda
pega, ninguém vê e num sorta
coisa ruim nem chá de picão corta
e nóis óia e num vê nada em pé
e nóis inda reza porque tem fé
amanhã tem que acordá cedo travêis
e num dianta lamentá procêis
que num tem computadô que dá jeito
as coisas que a terra qué perfeito
se cruzô tem que emprenhá
se tá borocoxô num vai vingá
é a natureza e nóis assiste
nóis teima, mas na morte nóis desiste
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