cidade dos mortos
escondendo os nossos
de cruzes eretas
cabisbaixas setas
apontando os ossos
cheia de desabitantes
penados visitantes
de flores em mãos
pra matar nos vãos
cheiros degradantes
crucifixos no prumo
velado supra sumo
num preto básico
disfarce do casco
podre como humo
desnivelados corpos
sem brindar copos
já não mais fingem
já não se tingem
como vivos engôdos
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