Quando elas vem de frente, descaradas,
já sei que vou sofrer.
Não por má circulação, nem câimbras,
pois não sofro desses males.
Sofro pela circulação alheia, desnudada,
na febre do verão.
Elas passam e tento não girar o pescoço
para me poupar do mal do torcicolo.
Não quero sofrer pela beleza;
ela deveria ser coisa boa.
Mas elas vem em pares,
e passam por cima de vontades e olhares.
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