Você, com cara de espelho
Me apontando o dedo
Me deixando tenso
Me isolando no meio
Meio sem ter o que falar
Você, espera a minha falha
E assim você me cala
E assim não faço rima
E com você assim em cima
Eu continuo sempre a errar
Quem sabe, eu, sozinho no mundo
O meu mundo seria maior
E ao invés de me sentir pior
Melhor ter ninguém pra me retratar
segunda-feira, 30 de junho de 2014
domingo, 29 de junho de 2014
quinta-feira, 26 de junho de 2014
quarta-feira, 25 de junho de 2014
Manipulação
Uma mão no fogo não manipula;
é manipulada.
Com uma mão na testa febril,
a temperatura de fogo é testada.
Uma mão e uma arma de fogo
anulam outra mão por nada.
Uma mão não ajuda outra mão
na mão contrária.
Uma mão contrária pode ser apenas
um aperto de mão solidária.
Dar uma mão em vida pode ser
para carregar uma urna funerária.
Trocar um pé pela mão não dá pé,
dá palmada.
é manipulada.
Com uma mão na testa febril,
a temperatura de fogo é testada.
Uma mão e uma arma de fogo
anulam outra mão por nada.
Uma mão não ajuda outra mão
na mão contrária.
Uma mão contrária pode ser apenas
um aperto de mão solidária.
Dar uma mão em vida pode ser
para carregar uma urna funerária.
Trocar um pé pela mão não dá pé,
dá palmada.
terça-feira, 24 de junho de 2014
segunda-feira, 23 de junho de 2014
A voz da minha terra
sexta-feira, 20 de junho de 2014
quarta-feira, 18 de junho de 2014
Amor-perfeito
A voz que ouve
A mão que apara
A boca que se torna beijo
O abraço que respeita o respirar
Ou como definiu o botânico
que se apaixonou pela flor:
Amor-perfeito!
A mão que apara
A boca que se torna beijo
O abraço que respeita o respirar
Ou como definiu o botânico
que se apaixonou pela flor:
Amor-perfeito!
terça-feira, 17 de junho de 2014
A fantasia do virgem
olhar de chicote que castiga
mãos de algemas que não prendem
pernas de cinta liga que não mostram pele
decote de grande erosão, de pura ilusão
um filme passa diante dos olhos
chegou a hora de morrer
o filme vai acabar
morrer virgem
era o papel dela
a mocinha
era o meu papel
o figurante
era de papel
a revista
mãos de algemas que não prendem
pernas de cinta liga que não mostram pele
decote de grande erosão, de pura ilusão
um filme passa diante dos olhos
chegou a hora de morrer
o filme vai acabar
morrer virgem
era o papel dela
a mocinha
era o meu papel
o figurante
era de papel
a revista
segunda-feira, 16 de junho de 2014
Laboratório de ofídios
Víbora, sangue frio, dentro do homem, dorme
Se aquecida, a fosseta nasal, explode
Curtindo o veneno envenena o hospedeiro
Mesmo surda, uma palavra, um bote
Seja urbano homem nu
Ao cruzar o seu caminho
Urutu cruzeiro
Seja silvícola homem cru
Pelo ouvido vai seu silvo
Intravaidoso veneno
A peçonha é potente e potencial
Não pisar no rabo é providencial
Nem todo espécime é preservado num jarro
Nem todo perigo é visto atrás de vidro claro
Com luvas de pelica, manusear
Pelica da mesma víbora, escapar
Se aquecida, a fosseta nasal, explode
Curtindo o veneno envenena o hospedeiro
Mesmo surda, uma palavra, um bote
Seja urbano homem nu
Ao cruzar o seu caminho
Urutu cruzeiro
Seja silvícola homem cru
Pelo ouvido vai seu silvo
Intravaidoso veneno
A peçonha é potente e potencial
Não pisar no rabo é providencial
Nem todo espécime é preservado num jarro
Nem todo perigo é visto atrás de vidro claro
Com luvas de pelica, manusear
Pelica da mesma víbora, escapar
sexta-feira, 13 de junho de 2014
quarta-feira, 11 de junho de 2014
Demonha
De dedos tão longos,
tais tentáculos, ela me alcança
De cabelos com vontade
tão Medusa, ela os lança
Pele tão escarlate para neutralizar
qualquer gosto, qualquer cor
Pelos pubianos, sede do abocanhar,
ao invés da boca, uma boceta-flor
Só de pensar, enrijeço
Só ao pulsar, se mereço
Queimar no inferno que se forma
Que me consome à sua volta
Essa mulher, corpo quase presente
Essa mesma que toma minha mente
Mais do que um corpo, o ato
Mas de fato, o desejo inalcançado
Minha cama em chamas
Meu sonho me chama
E eu chamo de meu
Um desejo que me escolheu
tais tentáculos, ela me alcança
De cabelos com vontade
tão Medusa, ela os lança
Pele tão escarlate para neutralizar
qualquer gosto, qualquer cor
Pelos pubianos, sede do abocanhar,
ao invés da boca, uma boceta-flor
Só de pensar, enrijeço
Só ao pulsar, se mereço
Queimar no inferno que se forma
Que me consome à sua volta
Essa mulher, corpo quase presente
Essa mesma que toma minha mente
Mais do que um corpo, o ato
Mas de fato, o desejo inalcançado
Minha cama em chamas
Meu sonho me chama
E eu chamo de meu
Um desejo que me escolheu
terça-feira, 10 de junho de 2014
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Viagem para Belém (PA) - Maio 2014
quinta-feira, 5 de junho de 2014
terça-feira, 3 de junho de 2014
Eu não tenho que
Tenho que lembrar que eu não tenho que.
Tenho que lembrar que eu não quero queijo.
Tenho que lamber o queijo como consequência.
Tento comer que camembert eu tiver que.
Tento lamber ou comer o camembert queijo.
Tenho que comer bem o queijo que convier.
Tenho um tento para comer o que tiver que.
Tenho o quê? Queijo. O queijo que tiver que.
Nem tento o queijo. Nem tenho que.
Tenho que lembrar que eu não quero queijo.
Tenho que lamber o queijo como consequência.
Tento comer que camembert eu tiver que.
Tento lamber ou comer o camembert queijo.
Tenho que comer bem o queijo que convier.
Tenho um tento para comer o que tiver que.
Tenho o quê? Queijo. O queijo que tiver que.
Nem tento o queijo. Nem tenho que.
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