Mais um cume.
Carnaval sem confete.
Só a vista no horizonte
tirando a mira da miragem
para provar ao cérebro
que não há alucinação.
Passageiras, as pessoas passam.
Os desfiles ficam com as alegorias.
Ninguém aguenta tanta realidade.
Na avenida plana, morro.
No alto do morro, revivo.
Aqui em cima,
não há sensação de grandeza.
O esforço para chegar me faz pequeno.
Lá embaixo,
as pessoas minúsculas se esforçam para crescer.
Cada um imagina como chegar alto.
Cada um chega.
Sorriso gelado no vento do topo.
Sorriso emplumado na dispersão.
Mais uma dispersão.
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