sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Sede na caatinga

Serena é a gota na sua raridade matinal
Não sabe do desejo que provoca

São os olhos que miram na gota rara
O que estala seca é a salgada boca

Escorrendo com capricho pela palma
Escolhendo o nicho que a estoca

Cristalina é a gota em tal pele morena
Em regos do desejo que evoca

Áridos são os calos da mão tão boba
Pula a palavra, a mão que roça

Mil dias  já se passaram sem água
A menina dos olhos parece louca

Deixe essa sede da gota de lado
Satisfaça a fome da cava oca  



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