Euforia são momentos
de alforria.
As raras alegrias vêm
em gotas como o sêmen.
24 horas de orgasmo por ano
deixam 364 dias suspirando.
Revirar os olhos é raro,
mas apenas toma alguns segundos
do nosso dia-a-dia masturbado.
"A" é a primeira letra,
antes dela tudo é preliminar.
Mas na hora "H",
finalmente
"AH".....
quarta-feira, 31 de julho de 2013
terça-feira, 30 de julho de 2013
sábado, 27 de julho de 2013
Para quem ainda não viu a poesia
As flores, novamente.
Então, atrás delas,
alguém armado com uma tesoura de jardinagem.
O coração ainda bate, inocentemente.
E lá vem algum traficante de órgãos.
Mais uma noite de luar piegas.
E, de repente,
alguém coloca a sua impensável cabeça na frente.
As flores que nada julgam, morreram;
o coração parou;
e a lua não precisa iluminar essa tela de computador.
Eu que só sei julgar,
creio que a poesia se foi.
Então, atrás delas,
alguém armado com uma tesoura de jardinagem.
O coração ainda bate, inocentemente.
E lá vem algum traficante de órgãos.
Mais uma noite de luar piegas.
E, de repente,
alguém coloca a sua impensável cabeça na frente.
As flores que nada julgam, morreram;
o coração parou;
e a lua não precisa iluminar essa tela de computador.
Eu que só sei julgar,
creio que a poesia se foi.
sexta-feira, 26 de julho de 2013
quinta-feira, 25 de julho de 2013
Por entre as frestas
Encontrei uma pena no chão de casa.
Não a joguei fora.
Não é lixo.
É apenas natural.
Penso em meias memórias.
Em coisas que poderiam ter sido inteiras.
Não são lixo.
Elas vêm de forma natural.
Penso em coisas que são criticadas.
Coisas que todos pensam.
Não são lixo.
Elas são nossa parte visceral.
Uma pena não luta para se fixar.
Apenas flutua como um pensamento.
Pensamento não é saudável quando fixo.
É gasosamente natural.
É uma pena quando eu só penso.
Como uma pipa torta, um pensamento penso.
Com uma mão tento consertar.
Outra mão cheia de moral para me bloquear.
Não a joguei fora.
Não é lixo.
É apenas natural.
Penso em meias memórias.
Em coisas que poderiam ter sido inteiras.
Não são lixo.
Elas vêm de forma natural.
Penso em coisas que são criticadas.
Coisas que todos pensam.
Não são lixo.
Elas são nossa parte visceral.
Uma pena não luta para se fixar.
Apenas flutua como um pensamento.
Pensamento não é saudável quando fixo.
É gasosamente natural.
É uma pena quando eu só penso.
Como uma pipa torta, um pensamento penso.
Com uma mão tento consertar.
Outra mão cheia de moral para me bloquear.
quarta-feira, 24 de julho de 2013
terça-feira, 23 de julho de 2013
segunda-feira, 22 de julho de 2013
A transformação nos envolve
Um pombo precisa de migalhas no chão
A mosca vagueia num subúrbio sujo da mesa
Até o bolor fica azul para poder ganhar o pão
As migalhas do pão são farinha de rosca
O que é a meleca da porra dentro da camisinha
Se cai pra dentro é alimento senão cair da boca
Na nossa satisfação colocamos um nome bom
Decidimos que somos melhores que insetos
Se apodrecemos ficamos às moscas
E adoramos secreções de abelhas
A transformação de tudo se aproveita
E tudo se aproveita nesse chão
A mosca vagueia num subúrbio sujo da mesa
Até o bolor fica azul para poder ganhar o pão
As migalhas do pão são farinha de rosca
O que é a meleca da porra dentro da camisinha
Se cai pra dentro é alimento senão cair da boca
Na nossa satisfação colocamos um nome bom
Decidimos que somos melhores que insetos
Se apodrecemos ficamos às moscas
E adoramos secreções de abelhas
A transformação de tudo se aproveita
E tudo se aproveita nesse chão
sábado, 20 de julho de 2013
Viagem para Argentina (Junho 2013)
sexta-feira, 19 de julho de 2013
quinta-feira, 18 de julho de 2013
quarta-feira, 17 de julho de 2013
Pra rir ou pra chorar?
O ser humano é o único animal que ri porque o humor e a falsidade também são típicos do ser humano.
Uma ótima companhia
Ela tem a cintura tão fina que eu posso manusear usando apenas os dedos. Suave ao toque das mãos, ela se encaixa bem nos meus lábios. Um aroma de frutas me vem às narinas a cada vez que me abaixo para degustar mais um pouco. Umidade no ponto certo para que as minhas papilas não se confundam, e me mantenham com sede. Coloco mais um pouco. Gosto do som úmido invadindo por dentro. Com a mão, a agito mais uma vez em movimentos circulares. Admiro as lágrimas que escorrem, que vêm fácil com o álcool, que sempre vêm nesses momentos de intenso prazer. Na meia luz, vi meus olhos refletidos no cristal com cílios distorcidos feitos os de uma mulher. Desviei o olhar. Na meia luz, levei a taça de vinho novamente até a boca, e me convenci de que ela era uma ótima companhia.
segunda-feira, 15 de julho de 2013
sexta-feira, 12 de julho de 2013
Vivo
pensei em dizer que minha pele ainda dá bom couro de tambor pensei em dizer que meu sangue ainda esquenta as extremidades pensei em escrever que minhas rugas são os parênteses que evidenciam meu sorriso pensei em dizer que na hora da yôga ainda improviso pensei em falar que as duas cores no cabelo mostram experiência pensei nos tantos números da idade que não são ciência exata pensei em escrever que ainda envolvo aquilo que abraço pensei que gasto o tempo mas ainda não perco o compasso pensei em dizer que eu sou a melhor pessoa que me coloca à prova pensei que ainda gosto de provar o que não precisa ser provado pensei em confessar que ser teimoso é reforçar a personalidade pensei em dizer que ainda me sinto tentado pensei em falar que as palavras revelam ou aumentam o mistério pensei em falar como a testosterona se transforma com o tempo pensei em falar ao invés de só pensar então vou só escrever pra quem ler pensar das palavras escritas por mim que mais do que pensante estou vivo
quinta-feira, 11 de julho de 2013
quarta-feira, 10 de julho de 2013
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Movimento do lamento
Mais a cana pinga,
mais meu sangue brasileiro.
Mais olhar pro céu,
mais trabalho no terreiro.
Moda de viola,
melodia analfabeta,
viola a forma erudita
com a rima certa.
Imposto rouba renda
da artesã que só sabe rendar.
Mil rosários em conta
de quem não sabe contar.
Na estrada esburacada, vamos,
aos trancos e barrancos chegamos,
desviando dos rombos nas contas
tão fáceis de enxergar.
mais meu sangue brasileiro.
Mais olhar pro céu,
mais trabalho no terreiro.
Moda de viola,
melodia analfabeta,
viola a forma erudita
com a rima certa.
Imposto rouba renda
da artesã que só sabe rendar.
Mil rosários em conta
de quem não sabe contar.
Na estrada esburacada, vamos,
aos trancos e barrancos chegamos,
desviando dos rombos nas contas
tão fáceis de enxergar.
quinta-feira, 4 de julho de 2013
Às escondidas
Pesado é o pensamento
Pelado é o julgamento
que não tem que se esconder
Natural é a brisa
Naturismo é saber-se nu sob as roupas nunca casuais
Se toque
A consciência precisa
de uma mão
O enfoque público
é sempre aumentar o mistério
Se esconder do frio
Se esconder de si mesmo
Se mostrar no calor de uma praia qualquer
Aos olhos frios de todos que julgam
E julgam que as roupas
são preciosos bens
Pelado é o julgamento
que não tem que se esconder
Natural é a brisa
Naturismo é saber-se nu sob as roupas nunca casuais
Se toque
A consciência precisa
de uma mão
O enfoque público
é sempre aumentar o mistério
Se esconder do frio
Se esconder de si mesmo
Se mostrar no calor de uma praia qualquer
Aos olhos frios de todos que julgam
E julgam que as roupas
são preciosos bens
quarta-feira, 3 de julho de 2013
terça-feira, 2 de julho de 2013
segunda-feira, 1 de julho de 2013
Um monstro criticando o outro
Eu te amo não é plenitude
Eu te amo não exclui tudo mais que sinto
Eu te amo não substitui
"Eu estou frustrado
Fui enganado
Estou com raiva
Ou eu me desapontei"
Eu te amo é um monstro
Porque é grande
Exagerado
Te rouba de você mesmo
Te assusta
Te faz tremer
É invasivo
Sem controle
Grita
E tira coisas de você
Eu te amo não é
"Eu sou um indivíduo"
Eu te amo não exclui tudo mais que sinto
Eu te amo não substitui
"Eu estou frustrado
Fui enganado
Estou com raiva
Ou eu me desapontei"
Eu te amo é um monstro
Porque é grande
Exagerado
Te rouba de você mesmo
Te assusta
Te faz tremer
É invasivo
Sem controle
Grita
E tira coisas de você
Eu te amo não é
"Eu sou um indivíduo"
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