Havia o músico solitário que morava nas ruas,
marginalizado pelos caminhos onde foi empurrado
Havia o solidário que achava que sabia o que era felicidade,
enquanto buscava a sua tentando ajudar o solitário
Havia um precipício entre eles
Quando se vive muito intensamente alguma coisa,
pode acontecer de se acreditar que é só aquilo que existe
Um gritava de um lado, e o outro gritava do outro,
mas cada um só ouvia o eco do original
O solitário acreditava que as pombas batiam palmas pra ele ao voar
O solidário só acreditava nas palmas humanas
O solitário era feliz só sabendo que a música existe
O solidário queria ajudar o músico solitário a vender a sua música
Espelhos existem,
mas às vezes existe um precipício entre eles
Aplaudo!
ResponderExcluirTodos somos num momento o solitário e noutro o solidário.
O intenso é importante para quem dele tem necessidade, mas a vida ensina-nos isso mesmo, que também existem precipícios e que precipícios!
Por isso mesmo vive-se alguns momentos em plenitude, ao máximo, com toda a intensidade, para voltar ao mundo e viver dentro da razoabilidade!
Intenso, mas não desatento!
Bello
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