Linda, diante da câmera, com pelinhos louros e curtos pelo corpo todo, ela parecia deslizar.Tinha olhos vivos como duas lanternas no escuro a guiar quem os visse - mais perto, mais difícil de escapar dela; mais longe, mais difícil de esquecê-la.
Até ao bocejar a sua beleza cheia de elasticidade se revelava descendo da boca até os membros.Nas costas era como se florescesse um ramalhete com centenas de rosetas tatuadas.
Tinha uma língua áspera, mas pouco se comunicava com ela - estava tudo explicado no seu olhar e nos movimentos do seu corpo.E quem estava atrás da câmera achava que comandava aquele ensaio.
As unhas longas deixavam as suas marcas nos corpos que se atreviam a se aproximar demais dela.Com agilidade e o corpo longo, ela colocava todo o seu peso sobre quem ela queria dominar.Como aconteceu com o cinegrafista que registrou todas essas imagens da onça pintada antes de morrer.
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