Logo após o café da manhã, é quando ele gostava de escrever.Sentava com as costas apoiadas na cabeceira da sua cama, papel e caneta na mão, e escrevia.Sim, ele escrevia da maneira mais pessoal possível: à mão.Era um romântico, e caso ele tivesse um computador pra escrever, talvez não o fizesse só pra não perder esse seu lado.
Já fazia mais de dois anos que ele se dedicava àquelas páginas.E a sua maior inspiração era a sua musa.Escrever sobre ela, era uma maneira dele se libertar.Além disso, ela não era nenhuma musa imaginária.Morava longe, mas existia.Então, por causa da distância os encontros eram raros e o que ele escrevia acabava tomando a forma de um diário.
Na sua história, ela era como uma princesa que sonhava com um príncipe.E isso não era imaginação dele; ela realmente tinha expectativas em relação ao seu homem.Apesar dele saber que não era nenhum príncipe encantado, ele queria fazê-la feliz e escrevia sobre o "palácio" que os dois um dia construiriam juntos.Nessa "auto biografia para o futuro", tudo funcionava bem e erros do passado não voltariam a acontecer.Tudo pra agradar a princesa que sonhava com filhos, com um vida nova junto ao lado do seu escritor e o sentimento de felizes para sempre no seu palácio.
Mas isso teria de esperar mais quatro anos, trocando cartas, até que ele saísse da prisão.
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