pode ser dor
desde que tenha fim
algo como a saudade
pode ser lenta
e escorrer como lágrima
de alegria
pode ser falso infarto
de coração disparado
parado na garganta
pode ser ansiedade
que vira saciedade
ao te ver
pode ser qualquer pessoa
que eu já sei
que a única é você
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
Sede de respostas
engolir o que está fora do copo
é mais seco
chegar até o fundo do poço
é amargo
o fundo do copo de rabo de galo
é distorcido
a água não pode lavar tudo
é apenas uma resposta clara
dureza não é ser incapaz de voar
dureza é se achar preso à terra
o rótulo da garrafa não diz tudo
o conteúdo não condiz com a sede
você solta a língua e tudo diz
e a memória insiste na realidade
secura não é ser incapaz de beber
secura é achar aridez na resposta
é mais seco
chegar até o fundo do poço
é amargo
o fundo do copo de rabo de galo
é distorcido
a água não pode lavar tudo
é apenas uma resposta clara
dureza não é ser incapaz de voar
dureza é se achar preso à terra
o rótulo da garrafa não diz tudo
o conteúdo não condiz com a sede
você solta a língua e tudo diz
e a memória insiste na realidade
secura não é ser incapaz de beber
secura é achar aridez na resposta
terça-feira, 18 de agosto de 2015
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
O limite da pessoa
Melhor tirar da pessoa a melhor palavra
Cruzar com a pessoa o melhor olhar
Perceber até onde a pessoa é boa
Seja a pessoa humana até onde for bom humanizar
Um limite é um grito
O chão é a falência
A intriga é fria seringa
Que tira a peçonha da pessoa
De onde até não se sabia
Um potencial é um mal
Se espreita escondido
Armado o ser é desalmado
O que resta da pessoa
Depois de ser testada
É pouca coisa boa
É uma careta enrugada
Cruzar com a pessoa o melhor olhar
Perceber até onde a pessoa é boa
Seja a pessoa humana até onde for bom humanizar
Um limite é um grito
O chão é a falência
A intriga é fria seringa
Que tira a peçonha da pessoa
De onde até não se sabia
Um potencial é um mal
Se espreita escondido
Armado o ser é desalmado
O que resta da pessoa
Depois de ser testada
É pouca coisa boa
É uma careta enrugada
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
Vida de músico
nota destilada
entre o copo e o acorde
rabisco no papel
um gole que bata forte
dose distorcida
faz até gemer a voz
aquece aquela dor
tira o melhor de nós
tudo que é afinado
consola o coração
até guitarra tem ressaca
com solo ou não
a vida de músico
um vampiro pela noite
o álcool embeleza
alma nua no holofote
um brinde
um blues
um brandy
um bis
entre o copo e o acorde
rabisco no papel
um gole que bata forte
dose distorcida
faz até gemer a voz
aquece aquela dor
tira o melhor de nós
tudo que é afinado
consola o coração
até guitarra tem ressaca
com solo ou não
a vida de músico
um vampiro pela noite
o álcool embeleza
alma nua no holofote
um brinde
um blues
um brandy
um bis
terça-feira, 11 de agosto de 2015
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
terça-feira, 4 de agosto de 2015
Editor do passado
saudade é boa no fim
gente fica bem abraçada
foto boa é na hora
intervalos são desencontros
quero te ver de novo
com o rosto velho de antes
sem novidades que corrijam
o que eu sentia que era certo
quero tudo de novo
tão velho quanto possível
viver a ilusão de voltar
as pessoas passadas que fomos
eu não era feliz
e não sabia
eu filtrei as verdades que doem
hoje sou editor do passado
gente fica bem abraçada
foto boa é na hora
intervalos são desencontros
quero te ver de novo
com o rosto velho de antes
sem novidades que corrijam
o que eu sentia que era certo
quero tudo de novo
tão velho quanto possível
viver a ilusão de voltar
as pessoas passadas que fomos
eu não era feliz
e não sabia
eu filtrei as verdades que doem
hoje sou editor do passado
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