nem mesmo os números são exatos
eles se dividem em decimais
e se a conta não fecha em vida
não podemos dar o troco redondo
14 ouvi dizer que dá 05
05 ouvi dizer que é depressão
73 dá 10 ou 05 duas vezes
e não neutraliza o meu 05
não vou me deprimir por isso
não penso matematicamente
sou do contra ou sou noves fora
se me querem deprimido
não vou me matar de forma clássica
a própria vida vai dar cabo de mim
quinta-feira, 30 de julho de 2015
terça-feira, 28 de julho de 2015
quinta-feira, 23 de julho de 2015
Deixando a morte no asfalto
Um motor potente de fato
só me faz comer asfalto
sem degustar a paisagem.
Minha única pressa
é de chegar lá no topo
para parar e observar.
Onde o ar é rarefeito;
onde tudo é mais lento;
onde até a morte perde o fôlego.
só me faz comer asfalto
sem degustar a paisagem.
Minha única pressa
é de chegar lá no topo
para parar e observar.
Onde o ar é rarefeito;
onde tudo é mais lento;
onde até a morte perde o fôlego.
terça-feira, 21 de julho de 2015
sexta-feira, 17 de julho de 2015
Hoje, humano, amanhã.
Hoje, deixei a traça viver.
Amanhã, poderei fechar o livro com raiva.
A pressa me faz ignorar outrem.
Outra pessoa que amanhã deixarei passar.
Só copie a minha melhor metade.
Tenho tudo dentro de mim.
Então, qualquer coisa pode vazar.
Sou modelo do que é real.
Então, acostume-se com raios num dia de sol.
O prato de hoje cozinho com gosto.
Amanhã, tudo pode estar marinado no veneno.
Hoje, farei de tudo para sobreviver bem.
Pra compensar, amanhã matarei dois leões.
Posso perder minha prata, se hoje tenho ouro.
Amanhã, não abrirei mão do meu cobre.
Amanhã, poderei dizer o que teria escrito hoje.
Amanhã, poderei fechar o livro com raiva.
A pressa me faz ignorar outrem.
Outra pessoa que amanhã deixarei passar.
Só copie a minha melhor metade.
Tenho tudo dentro de mim.
Então, qualquer coisa pode vazar.
Sou modelo do que é real.
Então, acostume-se com raios num dia de sol.
O prato de hoje cozinho com gosto.
Amanhã, tudo pode estar marinado no veneno.
Hoje, farei de tudo para sobreviver bem.
Pra compensar, amanhã matarei dois leões.
Posso perder minha prata, se hoje tenho ouro.
Amanhã, não abrirei mão do meu cobre.
Amanhã, poderei dizer o que teria escrito hoje.
quarta-feira, 15 de julho de 2015
segunda-feira, 13 de julho de 2015
Ao mostrar a cara
um soco não chega tão fundo
eu uso uma palavra ou duas
não vou te convencer de nada
o seu pré conceito chegou antes
é mais fácil não admitir o erro
e dizer que o mundo está errado
você decorou a piada ferina
vai continuar contando e rindo
alguém vai rir pela primeira vez
vai continuar doutrinando as crias
uma escola distorcida
uma lousa ensanguentada
nada é arte quando amarra
pintar a cara vale
quando a cara embaixo está limpa
eu uso uma palavra ou duas
não vou te convencer de nada
o seu pré conceito chegou antes
é mais fácil não admitir o erro
e dizer que o mundo está errado
você decorou a piada ferina
vai continuar contando e rindo
alguém vai rir pela primeira vez
vai continuar doutrinando as crias
uma escola distorcida
uma lousa ensanguentada
nada é arte quando amarra
pintar a cara vale
quando a cara embaixo está limpa
quarta-feira, 8 de julho de 2015
terça-feira, 7 de julho de 2015
A tentativa e o tempo
a guerra está sempre encardida
mesmo para quem ganha
a vitória é mesmo do dia
que se disfarça de noite
até poder recomeçar
e recomeço é cara lavada
a morte está sempre na esquina
mesmo para quem ama
a vitória vem ao não dobrar
mas o disfarce é sutil
é difícil de perceber
melhor se deixar distrair
a tentativa é apenas remédio
mesmo para quem barganha
a vitória é passageira na vida
de quem logo vai tombar
ganhamos um pouco de tempo
mas nada sabemos
e perdemos no novo tentar
mesmo para quem ganha
a vitória é mesmo do dia
que se disfarça de noite
até poder recomeçar
e recomeço é cara lavada
a morte está sempre na esquina
mesmo para quem ama
a vitória vem ao não dobrar
mas o disfarce é sutil
é difícil de perceber
melhor se deixar distrair
a tentativa é apenas remédio
mesmo para quem barganha
a vitória é passageira na vida
de quem logo vai tombar
ganhamos um pouco de tempo
mas nada sabemos
e perdemos no novo tentar
quarta-feira, 1 de julho de 2015
O vira-latas, você e eu
Entre o poste e a lixeira,
o vira-latas quer se satisfazer tanto quanto eu.
Porém, eu pelo meu lado,
quero saber do que é feito o poste.
Quero entender o porquê de tanto lixo.
E já te julgo antes mesmo de te cheirar.
o vira-latas quer se satisfazer tanto quanto eu.
Porém, eu pelo meu lado,
quero saber do que é feito o poste.
Quero entender o porquê de tanto lixo.
E já te julgo antes mesmo de te cheirar.
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