terça-feira, 31 de março de 2015
sexta-feira, 27 de março de 2015
Contradizendo
adoro como fazem vinho
odeio quando chamam o acidente de vinagre
adoro o toque da seda
odeio saber que a minha mão pode rasga-la
adoro a crítica na poesia
já ofender de graça não é licença poética
adoro como inventamos a cura
porém manipulamos o veneno sem dosar
adoro que você saiba falar bem
mas sei que você também sabe gritar
adoro que possamos criar meios
mas sei que os meios são a metade do fim
odeio quando chamam o acidente de vinagre
adoro o toque da seda
odeio saber que a minha mão pode rasga-la
adoro a crítica na poesia
já ofender de graça não é licença poética
adoro como inventamos a cura
porém manipulamos o veneno sem dosar
adoro que você saiba falar bem
mas sei que você também sabe gritar
adoro que possamos criar meios
mas sei que os meios são a metade do fim
sexta-feira, 6 de março de 2015
Sanfoneiro
gomo furado de bambu ao vento
um assovio tem nota alta no conceito
bambu e assovio viram pifo no pensamento
sentado na porta de casa
o ranger da dobradiça sola
no gemer do fole
cada mazela da vida seca
vira rima de cordel
entre um e outro gole
arrasta-pé
faz poeira
arrasta fraqueza
faz vivê-la
não tenha dó
tenha respeito
dó em si
é ré na vida
um assovio tem nota alta no conceito
bambu e assovio viram pifo no pensamento
sentado na porta de casa
o ranger da dobradiça sola
no gemer do fole
cada mazela da vida seca
vira rima de cordel
entre um e outro gole
arrasta-pé
faz poeira
arrasta fraqueza
faz vivê-la
não tenha dó
tenha respeito
dó em si
é ré na vida
quinta-feira, 5 de março de 2015
segunda-feira, 2 de março de 2015
Atropelo de palavras
Dirijo uma arma e cuspo balas
que quebrariam leis se colidissem:
são minhas palavras tortas
no vácuo de outro infrator.
Não arranham lataria,
não dão lição alguma.
Às vezes, ricocheteiam
e tiram tinta do meu ego.
No fim, morrem no asfalto
abafadas pelos motores,
ou por algum saco plástico
usado para cobrir cadáveres.
que quebrariam leis se colidissem:
são minhas palavras tortas
no vácuo de outro infrator.
Não arranham lataria,
não dão lição alguma.
Às vezes, ricocheteiam
e tiram tinta do meu ego.
No fim, morrem no asfalto
abafadas pelos motores,
ou por algum saco plástico
usado para cobrir cadáveres.
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