- Perfeição seria buscar a perfeição sem saber que ela existe.
- O contador de histórias não modifica as histórias porque está mentindo, mas porque ele também quer se interessar por elas.
- Ter cabelo ou não, não faz diferença.O que esconder embaixo do cabelo é que faz.
- Felicidade vem e vai embora.Sabedoria seria ir junto com ela.
- Ninguém nasceu para ser dono de nada.Vender é um crime antigo.
- A verdade é uma dor mais rápida do que a mentira.
- Seguir um exemplo com personalidade é saber que os seus sapatos não me servem, mas os seus passos me guiam.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Que jogo?
Desde criança, ele ouvia a expressão "vencer na vida" e, sendo a pessoa competitiva que era, ele acreditava piamente nisso.Ele queria ganhar sempre.Na escola, queria ser sempre o melhor da classe.Nos esportes - mesmo não sendo muito bom em nenhum - ele era raçudo e se dedicava ao máximo.Na sua carreira profissional, ele sempre lutou para estar por cima, nem sempre sendo justo com quem ele considerava um rival.Pra ele, era como um jogo e ele era fanático.Se dedicava tanto ao trabalho que na sua vida não havia espaço para grandes amizades ou grandes relacionamentos.Até agora.
Sentado no quarto escuro, ele sentia as lágrimas escorrerem pelo seu rosto passando pela sua boca.O líquido amargo que ele nunca deixava ninguém ver, pois pra ele isso seria uma derrota.Ele achava que estava sofrendo mais do que qualquer um porque pra ele aquilo não era só amor não correspondido; era, também, uma batalha perdida.Ele não sabia que poderia acontecer tanto para perdedores quanto para vitoriosos.Ele não sabia que o "jogo" não tinha acabado.Ele não conseguia ver além da "vitória".Ele não sabia que as lágrimas da decepção vêm do mesmo lugar que as lágrimas da alegria.Ou, pelo menos, ele não conhecia essas regras do "jogo".
Sentado no quarto escuro, ele sentia as lágrimas escorrerem pelo seu rosto passando pela sua boca.O líquido amargo que ele nunca deixava ninguém ver, pois pra ele isso seria uma derrota.Ele achava que estava sofrendo mais do que qualquer um porque pra ele aquilo não era só amor não correspondido; era, também, uma batalha perdida.Ele não sabia que poderia acontecer tanto para perdedores quanto para vitoriosos.Ele não sabia que o "jogo" não tinha acabado.Ele não conseguia ver além da "vitória".Ele não sabia que as lágrimas da decepção vêm do mesmo lugar que as lágrimas da alegria.Ou, pelo menos, ele não conhecia essas regras do "jogo".
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Uma companhia na madrugada
Eu vinha andando pela rua quando vi o cachorro.Era de madrugada e eu voltava de uma festa.Ele veio na minha direção abanando o rabo, eu estalei os dedos e ele começou a me seguir.Era uma companhia vira-lata e simpática pra caminhar comigo.Às vezes, ele parava, cheirava alguma coisa no chão e depois se apressava em me alcançar.Naquele horário poucas pessoas passaram por mim, mas eu fiz questão, quando isso aconteceu, de estalar os dedos pra parecer que o companheiro de caminhada era meu mesmo.E ele atendia levantando as orelhas e abanando o rabo.
Eu achava que a qualquer momento ele perderia o interesse naquele estranho e naquele percurso que poderia dar em nada.Mas, pra minha surpresa ele continuou.Por mais ou menos três quilômetros ele me seguiu até o portão da minha casa!Parei antes de abrir o portão, olhei pra ele, ele olhou pra mim, e por mais que eu quisesse ficar com ele, não seria possível.Naquela época eu morava com os meus pais, e nós já tínhamos dois cachorros.Então, chamei ele, o acariciei, me despedi e entrei logo para não pensar duas vezes.
O engraçado é que essa não foi a única vez que isso aconteceu.Outros cães já haviam me "escolhido" antes, e haviam me seguido em situações semelhantes.É, acho que às vezes nós somos escolhidos por eles.Penso que é muita pretensão achar que somos sempre nós que escolhemos ser "donos" deles.Em muitas casas alguns cachorros não demonstram afinidade com algumas pessoas da família.Eles têm essa sensibilidade também.Eles também podem escolher.
Eu achava que a qualquer momento ele perderia o interesse naquele estranho e naquele percurso que poderia dar em nada.Mas, pra minha surpresa ele continuou.Por mais ou menos três quilômetros ele me seguiu até o portão da minha casa!Parei antes de abrir o portão, olhei pra ele, ele olhou pra mim, e por mais que eu quisesse ficar com ele, não seria possível.Naquela época eu morava com os meus pais, e nós já tínhamos dois cachorros.Então, chamei ele, o acariciei, me despedi e entrei logo para não pensar duas vezes.
O engraçado é que essa não foi a única vez que isso aconteceu.Outros cães já haviam me "escolhido" antes, e haviam me seguido em situações semelhantes.É, acho que às vezes nós somos escolhidos por eles.Penso que é muita pretensão achar que somos sempre nós que escolhemos ser "donos" deles.Em muitas casas alguns cachorros não demonstram afinidade com algumas pessoas da família.Eles têm essa sensibilidade também.Eles também podem escolher.
domingo, 27 de novembro de 2011
Fotos da semana
sábado, 26 de novembro de 2011
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Esperteza Brasilis
Aqui sempre me disseram
pra não ser enganado
pra ser mais rápido
pra ter a vantagem
E nas piadas que contam
sempre damos um jeito
sempre gato por lebre
nunca pagamos o pato
Talvez desde que nosso ouro
começou a ser roubado
e as nossas mulheres
exportadas foram estupradas
Adotamos a licença poética
de dar um jeito em tudo
de sambar na frente de gringo
enquanto nosso gol é marcado
pra não ser enganado
pra ser mais rápido
pra ter a vantagem
E nas piadas que contam
sempre damos um jeito
sempre gato por lebre
nunca pagamos o pato
Talvez desde que nosso ouro
começou a ser roubado
e as nossas mulheres
exportadas foram estupradas
Adotamos a licença poética
de dar um jeito em tudo
de sambar na frente de gringo
enquanto nosso gol é marcado
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Distraída
Ela estava com o laptop no colo, o celular na mão esquerda e a TV estava ligada.Os fones de ouvido estavam plugados no computador enquanto ela assistia alguns videos que eram escolhidos aleatoriamente no Youtube.De vez em quando, ela mandava alguma mensagem pelo celular, depositava o aparelho no colo, dava uma olhada na TV e meio que distraidamente apertava a tecla G de Google.
Sempre começava uma busca pelo Google, mas invariavelmente caía no Youtube porque queria assistir videos.Assistia parte de um video, logo mudava para outro, apertava o G, entrava no Google, respondia uma mensagem de texto, uma olhadinha na TV.Tudo sem expressar muito interesse.Tudo mecanicamente.Distraidamente.Pra passar o tempo.Um desperdício de energia.
De repente, um video pareceu lhe chamar mais atenção, e ela, meio que por instinto, começou a apertar a tecla G repetidamente.Eram um homem e duas mulheres no video variando posições.Então, ela ficou com a mão ali, dentro da bermuda, por mais tempo que durante os outros videos.Na busca pelo G, gastando a energia mais renovável de todas, e finalmente se concentrando em algo que lhe dava prazer.
Sempre começava uma busca pelo Google, mas invariavelmente caía no Youtube porque queria assistir videos.Assistia parte de um video, logo mudava para outro, apertava o G, entrava no Google, respondia uma mensagem de texto, uma olhadinha na TV.Tudo sem expressar muito interesse.Tudo mecanicamente.Distraidamente.Pra passar o tempo.Um desperdício de energia.
De repente, um video pareceu lhe chamar mais atenção, e ela, meio que por instinto, começou a apertar a tecla G repetidamente.Eram um homem e duas mulheres no video variando posições.Então, ela ficou com a mão ali, dentro da bermuda, por mais tempo que durante os outros videos.Na busca pelo G, gastando a energia mais renovável de todas, e finalmente se concentrando em algo que lhe dava prazer.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Sério?
- Perder a cabeça pode levar ao suicídio.
- Andar de nariz empinado sem tropeçar pode dar muito orgulho.
- Discutir a relaçao é começar uma briga com a melhor intenção do mundo.
- Chegar atrasado não é motivo pra perder tempo com desculpas.
- Não ligar no dia seguinte não quer dizer que o homem não serve pra casar, já que depois de casado, a mulher sabe que ele não vai ligar todo dia mesmo.
- Não valorizar a música orgânica é como consumir produtos orgânicos e sentir falta dos agrotóxicos.
- Abortar um livro é permitido caso haja risco para a árvore.
- Filosofar é a arte de ver um tijolo no chão e achar que ele fugiu de casa.
- Andar de nariz empinado sem tropeçar pode dar muito orgulho.
- Discutir a relaçao é começar uma briga com a melhor intenção do mundo.
- Chegar atrasado não é motivo pra perder tempo com desculpas.
- Não ligar no dia seguinte não quer dizer que o homem não serve pra casar, já que depois de casado, a mulher sabe que ele não vai ligar todo dia mesmo.
- Não valorizar a música orgânica é como consumir produtos orgânicos e sentir falta dos agrotóxicos.
- Abortar um livro é permitido caso haja risco para a árvore.
- Filosofar é a arte de ver um tijolo no chão e achar que ele fugiu de casa.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Acidente
A namorada desabafando com o namorado:
"Minha família se afastou de mim por que eu queria que tudo fosse perfeito!"
"Como assim?"
"Meu pai sempre bebeu e batia na minha mãe, e ela mesmo assim sempre o defendeu!Meu irmão parece muito com o meu pai e casou com uma mulher submissa que aceita o machismo dele!Quanto mais eu tentava intervir, mais eles se fechavam e tentavam se apoiar nas próprias vidas infelizes!"
"Acho que pelo menos em parte, as pessoas escolhem a vida que têm."
"É, mas eu queria o melhor pra todos!"
"Eu também queria o melhor pra minha família, mas mesmo assim eles se foram no acidente em que eu dirigia o carro!Eu sei que isso eu não pude escolher, mas talvez eu pudesse ter evitado!"
"Pare de se culpar!A gente já falou disso!Acidente é acidente!"
"Talvez a sua família não saiba que está causando um acidente e está te perdendo!"
"Minha família se afastou de mim por que eu queria que tudo fosse perfeito!"
"Como assim?"
"Meu pai sempre bebeu e batia na minha mãe, e ela mesmo assim sempre o defendeu!Meu irmão parece muito com o meu pai e casou com uma mulher submissa que aceita o machismo dele!Quanto mais eu tentava intervir, mais eles se fechavam e tentavam se apoiar nas próprias vidas infelizes!"
"Acho que pelo menos em parte, as pessoas escolhem a vida que têm."
"É, mas eu queria o melhor pra todos!"
"Eu também queria o melhor pra minha família, mas mesmo assim eles se foram no acidente em que eu dirigia o carro!Eu sei que isso eu não pude escolher, mas talvez eu pudesse ter evitado!"
"Pare de se culpar!A gente já falou disso!Acidente é acidente!"
"Talvez a sua família não saiba que está causando um acidente e está te perdendo!"
domingo, 20 de novembro de 2011
Consciência negra
No calendário vem em vermelho
Lembrando a cor do porrete
Só faz jus a cor do sangue
Igual ao capataz do açoite
Por que um dia destacado dos outros
Por que um dia mais consciente
Por uma história tão torta
Pelas costas ainda ardentes
Tantos Zumbis ainda pelas ruas
Cada morro um Palmar diferente
Tantas obras vergadas nos ombros
Pelas costas nada quentes
Um dia escolhido pra festa
Pra festejar o desigualmente
Colocado na sociedade
Que não vê a cor dos dentes
Um dia escolhido pra festa
Por que festejar é da gente
Lutar já é a semana toda
A cor do dia é indiferente
Chegamos ao ponto de separar
Um povo de seu continente
De usar a branca anticultura
E um deus branco onipresente
A história continua seguindo
Esse dia poderia estar ausente
Nas páginas brancas do livro
Escrito em cor de piche quente
Lembrando a cor do porrete
Só faz jus a cor do sangue
Igual ao capataz do açoite
Por que um dia destacado dos outros
Por que um dia mais consciente
Por uma história tão torta
Pelas costas ainda ardentes
Tantos Zumbis ainda pelas ruas
Cada morro um Palmar diferente
Tantas obras vergadas nos ombros
Pelas costas nada quentes
Um dia escolhido pra festa
Pra festejar o desigualmente
Colocado na sociedade
Que não vê a cor dos dentes
Um dia escolhido pra festa
Por que festejar é da gente
Lutar já é a semana toda
A cor do dia é indiferente
Chegamos ao ponto de separar
Um povo de seu continente
De usar a branca anticultura
E um deus branco onipresente
A história continua seguindo
Esse dia poderia estar ausente
Nas páginas brancas do livro
Escrito em cor de piche quente
sábado, 19 de novembro de 2011
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
O otimista e o pessimista
O otimista disse:
"Tudo acontece por algum motivo, sendo que temos que passar por coisas ruins pra ter uma boa recompensa no final."
O pessimista retrucou:
"Não existe um final feliz pra tudo, além disso, quando as coisas parecem bem sempre acontece algo pra estragar!"
"Mas esse é o ciclo natural das coisas, tempestade e bonança infinitamente, por isso temos que saber aproveitar ao máximo os momentos bons!"
"Infinitamente não, porque no final nós morremos e a morte não pode ser coisa boa!"
"Ninguém tem certeza disso.E se a morte for melhor do que estar vivo?"
"Essa sucessão de coisas boas e ruins que acabam na nossa morte - e a morte ninguém sabe como é - faz a gente parecer fantoche, sem controle de nada!"
O otimista pensou um pouco e acrescentou:
"Talvez esse seja o melhor motivo pra gente não se preocupar tanto, já que não temos o controle!"
O pessimista, então, ergueu a sua taça e disse:
"Um brinde à nossa ignorância!"
E o otimista:
"Um brinde à ignorância que nos traz alegria!"
Baseado no ditado inglês "Ignorance is bliss"(Ignorância é alegria).
"Tudo acontece por algum motivo, sendo que temos que passar por coisas ruins pra ter uma boa recompensa no final."
O pessimista retrucou:
"Não existe um final feliz pra tudo, além disso, quando as coisas parecem bem sempre acontece algo pra estragar!"
"Mas esse é o ciclo natural das coisas, tempestade e bonança infinitamente, por isso temos que saber aproveitar ao máximo os momentos bons!"
"Infinitamente não, porque no final nós morremos e a morte não pode ser coisa boa!"
"Ninguém tem certeza disso.E se a morte for melhor do que estar vivo?"
"Essa sucessão de coisas boas e ruins que acabam na nossa morte - e a morte ninguém sabe como é - faz a gente parecer fantoche, sem controle de nada!"
O otimista pensou um pouco e acrescentou:
"Talvez esse seja o melhor motivo pra gente não se preocupar tanto, já que não temos o controle!"
O pessimista, então, ergueu a sua taça e disse:
"Um brinde à nossa ignorância!"
E o otimista:
"Um brinde à ignorância que nos traz alegria!"
Baseado no ditado inglês "Ignorance is bliss"(Ignorância é alegria).
Vivíamos sem tudo isso:
Senhas eletrônicas
Efeito estufa
Crimes Virtuais Bloquear pessoas
Usinas nucleares Alimentos transgênicos Preenchedores faciais
Cartões clonados Pseudo celebridades Bronzeamento artificial Música eletrônica
Efeito estufa
Crimes Virtuais Bloquear pessoas
Usinas nucleares Alimentos transgênicos Preenchedores faciais
Cartões clonados Pseudo celebridades Bronzeamento artificial Música eletrônica
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Placas explicativas
Sabe aquela placa que é encontrada em áreas de preservação ambiental?Algo do tipo: "Aqui nada se tira, a não ser fotos; nada se deixa, a não ser pegadas; nada se mata, a não ser o tempo; nada se leva, a não ser lembranças".Então, em outros lugares ela poderia ser redigida com algumas diferenças.Por exemplo:
- Num hospital público: "Aqui nada se tira, a não ser o sono da família; nada se deixa, a não ser macas no corredor; nada se mata, a não ser pacientes que não foram atendidos; nada se leva, a não ser a dignidade das pessoas".
- Numa câmara de vereadores: "Aqui nada se tira, a não ser sarro do povo; nada se deixa, a não ser o trabalho por fazer; nada se mata, a não ser adversários políticos; nada se leva, a não ser uma comissão por fora".
- Numa delegacia: "Aqui nada se tira, a não ser o direito do preso; nada se deixa, a não ser marcas no corpo; nada se mata, a não ser 'vítimas de fatalidades'; nada se leva, a não ser propinas".
- Numa repartição pública: "Aqui nada se tira, a não ser a paciência de quem está esperando; nada se deixa, a não ser pessoas sem informação; nada se mata, a não ser idosos na fila; nada se leva, a não ser uma eternidade pra ser atendido".
- Num hospital público: "Aqui nada se tira, a não ser o sono da família; nada se deixa, a não ser macas no corredor; nada se mata, a não ser pacientes que não foram atendidos; nada se leva, a não ser a dignidade das pessoas".
- Numa câmara de vereadores: "Aqui nada se tira, a não ser sarro do povo; nada se deixa, a não ser o trabalho por fazer; nada se mata, a não ser adversários políticos; nada se leva, a não ser uma comissão por fora".
- Numa delegacia: "Aqui nada se tira, a não ser o direito do preso; nada se deixa, a não ser marcas no corpo; nada se mata, a não ser 'vítimas de fatalidades'; nada se leva, a não ser propinas".
- Numa repartição pública: "Aqui nada se tira, a não ser a paciência de quem está esperando; nada se deixa, a não ser pessoas sem informação; nada se mata, a não ser idosos na fila; nada se leva, a não ser uma eternidade pra ser atendido".
terça-feira, 15 de novembro de 2011
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Quem são os verdadeiros "inútil"?
Por que alguns estrangeiros vêm para o Brasil com ar de soberba?Por que alguns artistas "importados" se acham melhores que os brasileiros?
Lamentável que algumas pessoas achem que a chuva, de alguma forma, seja responsabilidade humana.Foi o que aconteceu no SWU quando o show do Ultraje a Rigor atrasou por causa da chuva, e membros da equipe técnica do show do Peter Gabriel queriam que o show da banda brasileira fosse cortado pela metade.Num ataque de ignorância, um dos técnicos do Peter Gabriel invadiu o show do Ultraje, agrediu a produção e teve que ser retirado na porrada.
Por que o Ultraje teria que ser prejudicado com a redução do seu show?Por que um atraso ocorrido por causas naturais não poderia ser um atraso igual para todas as bandas?
Espero que o Peter Gabriel não tenha compactuado com a atitude da sua equipe técnica, já que ele não veio participar do festival só para tocar, mas também para levantar a bandeira contrária ao recrutamento de crianças em guerras do Congo e Uganda.Ou seja, contra a violência.
Pra piorar, algumas pessoas nas redes sociais ainda confundem o gosto pessoal com falta de respeito dizendo que o show do Peter Gabriel foi melhor do que o do Ultraje, e então, a banda brasileira não tinha direito de reclamar!
Gosto do Peter Gabriel e gosto do Ultraje a Rigor e acho que ambos merecem respeito e têm o direito de realizar o seu trabalho.
Lamentável que algumas pessoas achem que a chuva, de alguma forma, seja responsabilidade humana.Foi o que aconteceu no SWU quando o show do Ultraje a Rigor atrasou por causa da chuva, e membros da equipe técnica do show do Peter Gabriel queriam que o show da banda brasileira fosse cortado pela metade.Num ataque de ignorância, um dos técnicos do Peter Gabriel invadiu o show do Ultraje, agrediu a produção e teve que ser retirado na porrada.
Por que o Ultraje teria que ser prejudicado com a redução do seu show?Por que um atraso ocorrido por causas naturais não poderia ser um atraso igual para todas as bandas?
Espero que o Peter Gabriel não tenha compactuado com a atitude da sua equipe técnica, já que ele não veio participar do festival só para tocar, mas também para levantar a bandeira contrária ao recrutamento de crianças em guerras do Congo e Uganda.Ou seja, contra a violência.
Pra piorar, algumas pessoas nas redes sociais ainda confundem o gosto pessoal com falta de respeito dizendo que o show do Peter Gabriel foi melhor do que o do Ultraje, e então, a banda brasileira não tinha direito de reclamar!
Gosto do Peter Gabriel e gosto do Ultraje a Rigor e acho que ambos merecem respeito e têm o direito de realizar o seu trabalho.
domingo, 13 de novembro de 2011
Fé
sábado, 12 de novembro de 2011
Não é legal:
- Quando alguém acha que em todas as fotos tem que ter gente
- Quando alguém não me conhece mas me chama de querido
- Quando alguém acha que a falta de lixeira é desculpa pra jogar lixo no chão
- Quando alguém acredita que a religião é melhor do que a fé
- Quando alguém é julgado por não estar na moda
- Quando alguém acha que importado é sinônimo de melhor
- Quando o fanatismo de alguém ultrapassa a sua inteligência
- Quando alguém ouve música do celular em transporte público sem os fones de ouvido
- Quando a aparência não importa pro desempenho do cargo mas importa pra imagem da empresa
- Quando alguém acredita na justificativa do preconceito
- Quando alguém não me conhece mas me chama de querido
- Quando alguém acha que a falta de lixeira é desculpa pra jogar lixo no chão
- Quando alguém acredita que a religião é melhor do que a fé
- Quando alguém é julgado por não estar na moda
- Quando alguém acha que importado é sinônimo de melhor
- Quando o fanatismo de alguém ultrapassa a sua inteligência
- Quando alguém ouve música do celular em transporte público sem os fones de ouvido
- Quando a aparência não importa pro desempenho do cargo mas importa pra imagem da empresa
- Quando alguém acredita na justificativa do preconceito
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
O meu vício
Este relato que faço agora vem como um desabafo, pois poucas pessoas sabem sobre este período do meu passado.Acho que depois de tantos anos me "comportando bem", agora eu já posso me abrir.
Eu já fui viciado em jogo.E comecei ainda quando criança.
No começo era só uma brincadeira, mas com o passar do tempo eu fui ficando cada vez melhor, e então eu só pensava em ganhar mais e mais.Aquilo se tornou uma dependência e eu tinha que jogar todos os dias.Por volta dos treze anos de idade, eu cheguei à fase mais compulsiva.Mal chegava da escola, almoçava e já saía a procura de adversários que, como eu, eram crianças também.
Minha mãe reclamava que eu não queria saber de mais nada na vida.Eu me lembro de certa vez em que eu estava jogando com um vizinho e ele estava ganhando.Ele disse que queria parar, mas eu insisti para continuarmos.Ele respondeu que bastava por aquele dia.Então, eu o agredi com um chute no traseiro.Ele foi embora e eu fiquei me sentindo mal por ter chegado aquele ponto.Acho que esse acontecido me fez despertar.
Aos poucos fui me interessando por outras coisas típicas da adolescência, até que finalmente, parei de jogar.Há muitos anos, não chego perto de bolinhas de gude.
Eu já fui viciado em jogo.E comecei ainda quando criança.
No começo era só uma brincadeira, mas com o passar do tempo eu fui ficando cada vez melhor, e então eu só pensava em ganhar mais e mais.Aquilo se tornou uma dependência e eu tinha que jogar todos os dias.Por volta dos treze anos de idade, eu cheguei à fase mais compulsiva.Mal chegava da escola, almoçava e já saía a procura de adversários que, como eu, eram crianças também.
Minha mãe reclamava que eu não queria saber de mais nada na vida.Eu me lembro de certa vez em que eu estava jogando com um vizinho e ele estava ganhando.Ele disse que queria parar, mas eu insisti para continuarmos.Ele respondeu que bastava por aquele dia.Então, eu o agredi com um chute no traseiro.Ele foi embora e eu fiquei me sentindo mal por ter chegado aquele ponto.Acho que esse acontecido me fez despertar.
Aos poucos fui me interessando por outras coisas típicas da adolescência, até que finalmente, parei de jogar.Há muitos anos, não chego perto de bolinhas de gude.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Tá nervoso? Vai ironizar!
- A faixa em que eu estou é minha! Ninguém tasca! Mas eu posso querer mudar de faixa de repente sem dar seta.
- Esse corredor imaginário é meu e dos meus parceiros que andam de moto! Ninguém se atreva a bloquear o nosso corredor se tiver amor ao retrovisor!
- Essa faixa exclusiva para ônibus também é exclusiva pra mim que estou com pressa.
- Essa luz vermelha não pode me parar! Talvez um carro furando a luz verde possa!
- A direção hidráulica foi criada para que eu pudesse brincar de costurar no trânsito.
- O pedestre nunca tem a preferência! Quem tem a preferência é quem é mais rápido, e quem é mais rápido nunca anda a pé!
- Eu gosto de buzinar! A buzina é como uma palavra mágica que faz o trânsito andar!
- Eu utilizo as vagas de idosos desde já porque eu sei que um dia vou ser um.
- Eu paro em fila dupla porque pela quantidade de impostos que eu pago o meu carro vale por dois!
- Esse corredor imaginário é meu e dos meus parceiros que andam de moto! Ninguém se atreva a bloquear o nosso corredor se tiver amor ao retrovisor!
- Essa faixa exclusiva para ônibus também é exclusiva pra mim que estou com pressa.
- Essa luz vermelha não pode me parar! Talvez um carro furando a luz verde possa!
- A direção hidráulica foi criada para que eu pudesse brincar de costurar no trânsito.
- O pedestre nunca tem a preferência! Quem tem a preferência é quem é mais rápido, e quem é mais rápido nunca anda a pé!
- Eu gosto de buzinar! A buzina é como uma palavra mágica que faz o trânsito andar!
- Eu utilizo as vagas de idosos desde já porque eu sei que um dia vou ser um.
- Eu paro em fila dupla porque pela quantidade de impostos que eu pago o meu carro vale por dois!
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Iara
Lentamente, o pescador deslizava com a sua canoa pelas curvas do rio Urubu no Amazonas.Era bem cedo e ele ainda não havia chegado ao lugar em que ele costumava parar para pescar.
Mas assim que o rio começou a alargar, indicando o local costumeiro de pesca, algo diferente tomou conta dele.De repente, depois de uma curva, o pescador começou a ouvir um som agudo.Ele nunca havia escutado nada como aquilo.Era agradável e ao mesmo tempo perturbadoramente penetrante.Tendo nascido na floresta, ele não reconhecia aquele som como sendo o canto de pássaro algum.Também não poderia ser de nenhum animal que ele conhecesse.Ele foi seguindo a curva fechada cheio de curiosidade.O som foi ficando cada vez mais nítido, e aquelas modulações não seriam possíveis com cordas vocais humanas.
Ao final da curva, ele a viu.Próxima a entrada de um igarapé, ela estava só com a cabeça e os ombros fora d'água.Tinha os cabelos lisos e muito negros, e quase não movia os lábios ao produzir aquele som.
Ele não conseguia acreditar que alguém pudesse produzir aquele canto, aquele canto tão bonito... E era tão bonita...Ela tinha os olhos castanhos e sem expressão, mas eram como imãs...Ele continuou remando lentamente, ouvindo a melodia...Ela levantou a cabeça em direção ao céu, o som ficou mais alto, ela levantou os braços na direção dele, ele pôde ver os seios... Lindos...Parou de remar...Só ouvia aquele som lindo...Pulou na água...Os olhos negros o chamando...Os braços abertos pra ele...Os seios convidando...A melodia dos lábios...Ele foi boiando...O abraço...Uma sensação envolvente...Com um impulso da cauda poderosa de peixe, ela mergulhou abraçada ao pescador.A pescaria havia acabado.
Mas assim que o rio começou a alargar, indicando o local costumeiro de pesca, algo diferente tomou conta dele.De repente, depois de uma curva, o pescador começou a ouvir um som agudo.Ele nunca havia escutado nada como aquilo.Era agradável e ao mesmo tempo perturbadoramente penetrante.Tendo nascido na floresta, ele não reconhecia aquele som como sendo o canto de pássaro algum.Também não poderia ser de nenhum animal que ele conhecesse.Ele foi seguindo a curva fechada cheio de curiosidade.O som foi ficando cada vez mais nítido, e aquelas modulações não seriam possíveis com cordas vocais humanas.
Ao final da curva, ele a viu.Próxima a entrada de um igarapé, ela estava só com a cabeça e os ombros fora d'água.Tinha os cabelos lisos e muito negros, e quase não movia os lábios ao produzir aquele som.
Ele não conseguia acreditar que alguém pudesse produzir aquele canto, aquele canto tão bonito... E era tão bonita...Ela tinha os olhos castanhos e sem expressão, mas eram como imãs...Ele continuou remando lentamente, ouvindo a melodia...Ela levantou a cabeça em direção ao céu, o som ficou mais alto, ela levantou os braços na direção dele, ele pôde ver os seios... Lindos...Parou de remar...Só ouvia aquele som lindo...Pulou na água...Os olhos negros o chamando...Os braços abertos pra ele...Os seios convidando...A melodia dos lábios...Ele foi boiando...O abraço...Uma sensação envolvente...Com um impulso da cauda poderosa de peixe, ela mergulhou abraçada ao pescador.A pescaria havia acabado.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Não alimente os animais
Na chácara do avô, o menino estava alimentando os saguis que sempre apareciam nas árvores atrás da casa.Eles já estavam acostumados com as pessoas e se arriscavam a apanhar os pedacinhos de pão na mão do menino.
"Vô, o que as capivaras comem?"
"Elas pastam capim na beira d'água."
"E o que os porcos do mato comem?"
"Ah, eles gostam de comer raízes."
"E onde os saguis encontram pão no meio do mato?"
"Vô, o que as capivaras comem?"
"Elas pastam capim na beira d'água."
"E o que os porcos do mato comem?"
"Ah, eles gostam de comer raízes."
"E onde os saguis encontram pão no meio do mato?"
sábado, 5 de novembro de 2011
Poesia em todo lugar
Deixe as flores em paz
Dê espaço pra lua estar
Existe já a abelha sagaz
E os astronautas a flutuar
Existe rima na laranja-lima
Se existe poesia na ironia
Basta olhar pra cima e não ver a lua
E alguma coisa vem contra a vontade
Talvez com gosto de carne crua
Mas o desgosto vem de verdade
Ou procurando verso no jardim
Quando isso é máscara da memória
Pois o cheiro que está em mim
Me traz pontadas de outra história
Nem tudo é belo como romance
Nem todo aroma é como romã
Mas há uma chance no sangue
Que uma vida não tenha sido vã
Dê espaço pra lua estar
Existe já a abelha sagaz
E os astronautas a flutuar
Existe rima na laranja-lima
Se existe poesia na ironia
Basta olhar pra cima e não ver a lua
E alguma coisa vem contra a vontade
Talvez com gosto de carne crua
Mas o desgosto vem de verdade
Ou procurando verso no jardim
Quando isso é máscara da memória
Pois o cheiro que está em mim
Me traz pontadas de outra história
Nem tudo é belo como romance
Nem todo aroma é como romã
Mas há uma chance no sangue
Que uma vida não tenha sido vã
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Dicas do Cineclube Socioambiental Crisantempo
- O milagre de Gerson (Gerson Miracle) é um documentário que divulga a terapia do médico Max Gerson, considerada por muitos como o tratamento mais eficaz contra o câncer.
http://www.gerson.org/
- Vivendo sem dinheiro (Living without money) é um documentário sobre Heidemarie Schwermer, uma ex-psicoterapeuta que decidiu parar de usar dinheiro para viver na base da troca de favores.
http://www.livingwithoutmoney.org/
- A Tornallom é um documentário sobre jovens que se mudam para uma comunidade rural na Espanha para aprender técnicas rurais e tradicionais.Eles se tornam "agropunks" na luta contra a especulação imobiliária.
http://www.alquimidia.org/faisca
- The Cove é um documentário que mostra os bastidores da caça e pesca "científica" no Japão, super-exploração e contaminação ambiental, além de propor reflexões sobre ativismo ambiental.Vencedor do Oscar de melhor documentário de 2010.
http://www.thecovemovie.com/
- Energia na encruzilhada (Energy crossroads) é um documentário sobre o consumo de energia mundial, sobretudo o apetite pela queima de combustível fóssil que esgota os recursos e contribui para o aquecimento global.
http://www.energyxroads.com/
- Vocacional - Uma aventura humana é um documentário sobre os Ginásios Vocacionais instalados na década de 60 em São Paulo e idealizados por Maria Nilde Mascellani.Se baseava na formação multidisciplinar e viagens de estudo, mas o sistema foi banido com a ditadura de 1964.
http://www.olharimaginario.com.br/vocacional
http://www.gerson.org/
- Vivendo sem dinheiro (Living without money) é um documentário sobre Heidemarie Schwermer, uma ex-psicoterapeuta que decidiu parar de usar dinheiro para viver na base da troca de favores.
http://www.livingwithoutmoney.org/
- A Tornallom é um documentário sobre jovens que se mudam para uma comunidade rural na Espanha para aprender técnicas rurais e tradicionais.Eles se tornam "agropunks" na luta contra a especulação imobiliária.
http://www.alquimidia.org/faisca
- The Cove é um documentário que mostra os bastidores da caça e pesca "científica" no Japão, super-exploração e contaminação ambiental, além de propor reflexões sobre ativismo ambiental.Vencedor do Oscar de melhor documentário de 2010.
http://www.thecovemovie.com/
- Energia na encruzilhada (Energy crossroads) é um documentário sobre o consumo de energia mundial, sobretudo o apetite pela queima de combustível fóssil que esgota os recursos e contribui para o aquecimento global.
http://www.energyxroads.com/
- Vocacional - Uma aventura humana é um documentário sobre os Ginásios Vocacionais instalados na década de 60 em São Paulo e idealizados por Maria Nilde Mascellani.Se baseava na formação multidisciplinar e viagens de estudo, mas o sistema foi banido com a ditadura de 1964.
http://www.olharimaginario.com.br/vocacional
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
O risco da condição
O risco faz parte do equilíbrio.Não importa o quanto queiramos controlar o risco.Quando pisamos num inseto sem querer, isso não quer dizer que a sua vida valha menos por que ele é menor.Pensar assim é arrogância de uma criatura que é maior no tamanho.Isso só acontece com o inseto por causa do risco da sua condição.Todas as criaturas têm o risco da sua condição.Não podemos esquecer que nós podemos ser vítimas de um minúsculo vírus, por exemplo.A vitória dentro da cadeia alimentar nem sempre se baseia no mais forte ou no mais astuto.A natureza usa artifícios surpreendentes para manter o equilíbrio.Não seguir a nossa lógica de ser humano pode ser um destes artifícios.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Música nua
Música nua é uma idéia.
Música nua é ouvir o ensinamento com prazer.Música nua é tirar da rua e colocar no mundo.
Música nua é ouvir o ensinamento com prazer.Música nua é tirar da rua e colocar no mundo.
Música nua é trocar o pó pela melodia.Música nua é música sem fome.
Música nua é música com teto.terça-feira, 1 de novembro de 2011
O nome
"Então você acha que está errado?"
"Não, eu não acho errado.É típico do ser humano querer rotular as coisas."
"Bom, então você não acredita?"
"Depende.Não acredito em quê?Num velhinho de barba branca sentado numa nuvem?Nisso eu não acredito mesmo!"
"Você acredita em quê, então?"
"Eu acredito que exista algo que liga todas as coisas.É fácil de perceber como todas as coisas estão conectadas.Eu posso acreditar numa reação química que começou toda essa evolução a que chegamos.Eu posso acreditar na energia.Eu posso acreditar em parentescos com outras criaturas.Mas eu não posso acreditar num passe de mágica de um homem perfeito pra povoar a terra com criaturas tão imperfeitas como nós!"
"Mas, Ele não é um homem!Nós é que fomos criados à imagem e semelhança Dele!"
"Também típico do ser humano!O velhinho de barba branca tem jeito de europeu, não é ?Por causa da igreja católica que tem como sede o Vaticano!Buda não tem traços orientais?Isso vem da etnia que cria o 'seu próprio criador', ora bolas!Como é que eu posso ser de Uganda e acreditar que o meu criador seja alguém branco?"
"Sendo assim, do que você chama o quê ou quem nos criou?"
"Eu não preciso chamar de nada.Nós apenas somos, e por isso somos chamados de seres.E continuar sendo um bom ser, pode ser uma boa religião."
"Não, eu não acho errado.É típico do ser humano querer rotular as coisas."
"Bom, então você não acredita?"
"Depende.Não acredito em quê?Num velhinho de barba branca sentado numa nuvem?Nisso eu não acredito mesmo!"
"Você acredita em quê, então?"
"Eu acredito que exista algo que liga todas as coisas.É fácil de perceber como todas as coisas estão conectadas.Eu posso acreditar numa reação química que começou toda essa evolução a que chegamos.Eu posso acreditar na energia.Eu posso acreditar em parentescos com outras criaturas.Mas eu não posso acreditar num passe de mágica de um homem perfeito pra povoar a terra com criaturas tão imperfeitas como nós!"
"Mas, Ele não é um homem!Nós é que fomos criados à imagem e semelhança Dele!"
"Também típico do ser humano!O velhinho de barba branca tem jeito de europeu, não é ?Por causa da igreja católica que tem como sede o Vaticano!Buda não tem traços orientais?Isso vem da etnia que cria o 'seu próprio criador', ora bolas!Como é que eu posso ser de Uganda e acreditar que o meu criador seja alguém branco?"
"Sendo assim, do que você chama o quê ou quem nos criou?"
"Eu não preciso chamar de nada.Nós apenas somos, e por isso somos chamados de seres.E continuar sendo um bom ser, pode ser uma boa religião."
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