sábado, 14 de janeiro de 2017

Uma palavra, uma virada

Meu bem se transformou;
em apenas trinca segundos,
mudou.
Virou testa enrugada,
depois que ouviu,
entortada palavra.

Fui eu quem disse,
se antes de tudo pensasse,
talvez eu não fosse.

Não que seja impulso,
não que me fugiu o pulso:
ficou entre intenção e uso.

Que viver não seja
poesia pensada,
tal antiga prosa cantada,
mesmo todo cão deseja
saber quando não lamber
a mão errada.

A guerra, invenção distante,
não vê no dia-a-dia
o amigo ou parente.
Nem escuta a praga
rogada tão próxima
entre um e outro dente.

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